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Voto aberto para cassação de parlamentares vai valer logo, anuncia Renan

PEC que põe fim ao voto secreto em processos de cassação será apreciada no plenário

Voto aberto para cassação de parlamentares começará a valer logo, anuncia Renan

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta quarta-feira (4) que vai agilizar a promulgação da proposta de emenda à Constituição que acaba com o voto secreto nas decisões sobre perda de mandato de parlamentares.

Na noite desta terça-feira (3), a Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição 349/2001, que acaba com o voto secreto em todas as votações do Congresso Nacional. O Senado já tinha aprovado a PEC 198/2012, que determina o voto aberto nos casos de cassação de deputados e senadores.

A proposta encontra-se em discussão em uma comissão especial da Câmara. Renan disse que os deputados deveria ter priorizado a votação da proposta que já passou pelo Senado. “Nós já aprovamos a proposta há mais de um ano. O fundamental seria votar essa matéria, primeiro. Ela seria promulgada em oito dias. E depois, nós a ampliaríamos. Ao votar esta PEC que ainda não tramitou no Senado, pode delongar o processo”, afirmou Renan Calheiros.

Como o fim do voto secreto nos casos de cassação de mandatos parlamentares é comum nas duas propostas (PEC 349/2001 e PEC 198/2012), o presidente Renan Calheiros anunciou que vai promulgar essa parte da emenda constitucional para agilizar a entrada em vigor do dispositivo. O voto aberto para as demais deliberações do Congresso Nacional vai ser discutido pelas comissões e pelo plenário do Senado.

“A resposta tem que ser rápida”, disse Renan Calheiros. O presidente do Senado voltou a afirmar que não cabe ao Congresso Nacional revisar sentenças definitivas proferidas pelo Supremo Tribunal Federal. E disse que se o caso Natan Donadon tivesse acontecido no Senado, não submeteria ao plenário a perda do mandato.

“Não exporemos o Senado Federal a essa execração pública. Qualquer decisão que envolva senador, que transite em julgado e que tenha prisão, não a submeteremos à apreciação desta Casa. Se o Supremo mandar para cá, eu devolvo porque os Poderes são autônomos e não cabe ao Legislativo revisar decisão que foi transitada em julgado”, concluiu Renan Calheiros.