Atacante de 21 anos marca dois gols na estreia, um deles uma pintura, e se destaca na vitória por 3 a 1.
Hyuri deu esperança aos alvinegros na noite desta quinta-feira. Os torcedores, que viram Vitinho ir embora, assistiram a uma bela atuação de uma nova promessa na sua estreia pelo Botafogo. O atacante de 21 anos, contratado recentemente ao Audax Rio, foi o destaque da vitória por 3 a 1 sobre o Coritiba no Maracanã. Marcou dois gols, um deles numa jogada cheia de dribles, e ajudou o seu time a ganhar um degrau na tabela de classificação, passando o Grêmio. Rafael Marques marcou o outro gol, e Alex descontou.
O Bota agora está em terceiro lugar no Campeonato Brasileiro, com 33 pontos, empatado com o vice-líder Atlético-PR (perde no número de gols pró: 30 contra 34 dos paranaenses). O Coxa, por sua vez, fica estagnado na oitava colocação e vê seu jejum de vitórias aumentar para seis jogos. O Maracanã recebeu um público de 6.676 pagantes (9.682 presentes), com renda de R$ 250.375.
O time de Oswaldo de Oliveira jogou sem o uruguaio Lodeiro, muito bem substituído por Hyuri, e Jefferson. Ambos estão com suas seleções. Renan, o reserva do gol, foi expulso quando o placar já apontava 3 a 0, ao derrubar Gil na área. O Botafogo levou o gol de pênalti aos 12 minutos do segundo tempo e viu o Coxa fazer pressão, interrompida na expulsão de Maykon, aos 39.
– Conversamos com ele (Hyuri) para ficar à vontade. Foi uma estreia fantástica. Não é fácil, mas foi mais do que podíamos ter esperado. Vamos ajudá-lo a ter mais entrosamento. Estou muito feliz com ele – disse Seedorf, que já no fim da partida recebeu o terceiro cartão amarelo e não enfrenta o Criciúma, às 18h30m de domingo, em Santa Catarina.
O meia Alex reconheceu mais uma atuação fraca dos paranaenses.
– O time não está jogando bem, está ficando para trás. Tem que analisar os momentos do jogo, tivemos chances de abrir o placar, depois entregamos uma bola, e o Botafogo abriu o placar. Depois, houve falha de posicionamento, a confiança já caiu. Houve jogos que a gente errou e os adversários não aproveitaram, mas nesse sim. Foram erros até infantis.
O Coritiba encerra sua participação no turno enfrentando o São Paulo no Couto Pereira, no domingo, às 16h.
Botafogo busca o ataque e é premiado
O primeiro tempo premiou a ousadia do Botafogo. O time não pensava duas vezes em tentar jogadas de efeito, dividia todas as bolas e buscava o ataque de forma incansável. Os destaques foram justamente os autores dos gols. Rafael Marques, em ótima fase, contou com a sorte no primeiro. De costas no início do lance, tomou um susto ao ser carimbado por Elias, que chutaria para fora. A cabeça dele desviou a trajetória da bola, e na sequência ela voltou limpinha para o próprio artilheiro mandar para a rede: 1 a 0. Depois, novamente o camisa 20 brilhou. Recebeu lançamento de Dória, dominou no peito e fez cruzamento lindo para Hyuri, que esbanjava confiança, cabecear com estilo e ampliar o placar.
Apagado, o Coritiba só apareceu com o ex-botafoguense Vitor Júnior, logo no início do jogo. Aproveitou-se de erros de Edílson e Bolívar, disparou e quase marcou. Depois disso, até teve mais posse de bola, porém não levou perigo. Alex e Julio Cesar, os mais experientes, estiveram muito abaixo da média no primeiro tempo.
Golaço de estreante
O Botafogo continuou elétrico no segundo tempo e quase abriu o placar logo aos dois minutos, com Seedorf. Mas a noite era de Hyuri, que fez provavelmente o gol mais bonito do novo Maracanã. Ele recebeu passe fora da área, passou por quatro adversários com uma sequência de dribles, deixando o lateral Diogo zonzo, e completou com um chute colocado.
Tudo parecia resolvido, até Renan cometer pênalti e dar esperança ao Coritiba, que diminuiu a desvantagem com cobrança de Alex. O camisa 10 quase fez o segundo, de cabeça. Também pelo alto, Chico esteve perto de marcar, em lance no qual Milton Raphael saiu muito mal. O Botafogo, depois desses sustos, conseguiu administrar o jogo e se tranquilizou quando Maykon foi expulso por dois lances – primeiro ao simular falta na área, depois por falta violenta em Marcelo Mattos.