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CPI da Pedofilia irá ouvir envolvidos em escândalo sexual em Arapiraca

Bispo diocesano de Penedo, Dom Valério Breda, emite nota oficial alegando que foi informado do escândalo pela imprensa.

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Dom Valério Breda, bispo de Penedo, anuncia o afastamento de padres envolvidos em suposto escândalo sexual

A CPI da Pedofilia, cujo presidente – senador Magno Malta – esteve na última semana em Maceió, anunciou na sessão desta terça-feira, 6, a convocação de diversas pessoas relacionadas ao caso.

Além dos monsenhores Luiz Marques Barbosa, Raimundo Gomes Nascimento e do padre Edílson Duarte, deverão depor à CPI as delegadas Bárbara Arraes e Maria Angelita, Anderson Silva, Cícero Flávio Vieira Barbosa, Fabiano Ferreira, José Alexandre Bezerra, José Reinaldo Bezerra, Joau Ferreira Santos, Maria Isabel dos Santos, Lenilton Tenório, Ednaldo Santos e três menores envolvidos no caso.

Os depoimentos devem ocorrer nos dias 16, 17 e 18 deste mês, quando integrantes da CPI virão à cidade de Arapiraca, município a 120 quilômetros de Maceió, que foi abalado pelas denúncias de escândalo sexual envolvendo membros da igreja católica. As denúncias repercutiram em todo o mundo e obrigaram o Vaticano a se posicionar oficialmente.

Também nesta terça-feira, 6, o bispo diocesano de Penedo, Dom Valério Breda, emitiu a segunda nota oficial à imprensa sobre o caso. Breda classificou o caso como ‘vendaval’ e disse ter tomado conhecimento do escândalo pela imprensa nacional, em março deste ano, após a veiculação da reportagem em programa da rede nacional.

Na nota, dom Valério reprova a conduta dos religiosos envolvidos, classificando-a como escandalosa e criminosa e diz-se humilhado ao pensar na dramática situação das vítimas. “Se há jovens vítimas, a Igreja se posiciona incondicionalmente ao lado deles”.

O bispo diocesano ainda presta conta dos procedimentos adotados contra os religiosos. Segundo Breda, o monsenhor Luiz Marques está suspenso das ordens sagradas, conforme o cânone 1333; Raimundo Gomes foi afastado no dia 17 de março, já o Padre Edílson Duarte foi notificado da repreensão canônica pública. Quanto ao padre Enaldo da Mota, o bispo alega que o religioso foi afastado por medida preventiva.