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Moradores de rua: drogas motivaram 83% dos crimes

As investigações realizadas pela Polícia Civil (PC) e pela Força Nacional de Polícia Judiciária, concluíram que 23 eram moradores de rua e a maioria dos crimes (43%) foi motivada por questões ligadas ao tráfico de drogas.

Priscylla Régia/Alagoas24horas

Coletiva sobre morte de moradores de rua aconteceu na SDS

As investigações policiais acerca da morte de dezenas de moradores de rua em Maceió desde o início deste ano, concluíram que, dos 39 casos investigados, 36 foram homicídios, dois foram tentativas de homicídio e um afogamento.

Destes 36, as investigações realizadas pela Polícia Civil (PC) e pela Força Nacional de Polícia Judiciária, concluíram que 23 eram moradores de rua e a maioria dos crimes (83%) foi motivada por questões ligadas ao tráfico de drogas.

Os dados foram apresentados durante uma coletiva à imprensa realizada na tarde desta segunda-feira, 22, na Secretaria de Defesa Social, com a presença do coordenador da Força Nacional em Alagoas, Eraldo Augusto, do delegado adjunto da Polícia Civil, José Edson, e do secretário adjunto da Defesa Social, José Washigton.

Segundo um relatório divulgado hoje pela PC de Alagoas, 61,5% dos assassinatos estão esclarecidos e oito pessoas – entre elas um menor – estão presas. Dos inquéritos enviados à Justiça, 14 ainda devem retornar à polícia para que as investigações prossigam e parte desses crimes já tem linha de investigação.

O delegado José Edson disse que apenas uma das pessoas presas, o vigilante Luiz Carlos Soares da Silva Santos, o “Orêia”, seria o responsável por cinco mortes de moradores de rua, estas com características de crime de extermínio.

Estão presos também: Cássio Cícero Damasceno, o “Cição”, acusado de matar José Roberto Fragoso, o “Lobisomen”; Rodrigo Alexandre da Silva, 21 anos, o “Lanchinho”, que matou o flanelinha Wanderson Bezerra Félix, o “Timbalada”; José Carlos Neves dos Santos, 26 anos, “Gambá”, acusado de assassinar um jovem conhecido como “Piuiu” ou “Fedorento”; José Everaldo da Silva, apontado como matador de Adnelson Araújo da Silva, crime ocorrido no Centro; e José Jorge da Silva, 25, acusado de assassinar a companheira Patrícia Vicente da Silva, em Arapiraca, e arrancar seu coração. “Gambá” foi solto por ter recebido da Justiça a liberdade provisória.

O ex-policial civil Miguel Rocha Neto também está preso acusado de dois assassinatos, um no bairro do Farol e outro no Poço, ocorrido em frente à sede do Ministério Público Estadual. Ainda segundo o delegado, há indícios de que três policiais civis denunciados pelo Ministério Público estejam envolvidos em alguns casos.