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Com pauta trancada, feriadão na ALE começa mais cedo

Pauta continua trancada em razão da não apreciação de vetos do Poder Executivo por parte dos parlamentares.

Apesar de contar com a presença de 16 deputados em plenário, nenhum projeto foi apreciado na sessão da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) desta terça-feira, 19, uma vez que a pauta continua trancada em razão da não apreciação de vetos do Poder Executivo por parte dos parlamentares.

Os vetos do governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) ao projeto de lei – de autoria da Mesa Diretora da ALE – que reajusta em mais de 100% os salários dos próprios deputados, e o veto ao projeto de lei, de autoria do deputado Judson Cabral (PT), que institui a obrigatoriedade do diploma para a contratação de jornalistas no serviço público, estão entre os que aguardam apreciação.

Com o novo adiamento, a apreciação dos vetos que estão na Casa de Tavares Bastos há mais de um mês, acontece somente a partir da próxima semana. Na sessão de hoje, o presidente da ALE, deputado Fernando Toledo (PSDB) suspendeu os trabalhos a partir desta quarta-feira, 20, esticando o feriadão no parlamento.

Segundo Toledo, os deputados têm se reunido no sentido de discutir os vetos do governo, mas ainda não chegaram a um consenso.

Cirurgia Bariátrica

O deputado Joãozinho Pereira (PSDB) usou a tribuna na tarde de hoje para falar sobre sua experiência com a cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como redução de estômago. O parlamentar contou que esteve no Hospital Universitário (HU), o único de Alagoas credenciado para realizar a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e constatou a fila dos “gordinhos” interessados na intervenção.

“Cresce a cada ano o número de pessoas interessadas em fazer a chamada cirurgia de redução de estômago", afirmou, frisando a necessidade de investimentos na saúde pública para evitar maiores gastos futuros, com o tratamento de doenças como diabetes e hipertensão, geralmente relacionadas a má-alimentação, excesso de peso e sedentarismo.

Segundo o parlamentar, embora a lista de espera conte com 800 pacientes, apenas 26 intervençoes cirúrgicas bariátricas são realizadas a cada ano no HU. Pereira defendeu a criação de leitos específicos o atendimento a esses pacientes, como forma de reduzir a fila de espera, e apresentou o custo do projeto para o poder público: cerca de R$ 1,2 milhão.