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Grêmio vence o Santos no dia do reencontro com Borges

Brandão, com a camisa que o jogador santista usava no Grêmio, marcou o gol

AE

Borges, marcado por Edcarlos, foi um dos personagens da partida

Existe goleada de 1 a 0? Na prática, não. Mas é com esta sensação que os mais de 26 mil gremistas deixaram o Estádio Olímpico nesta noite de quarta-feira, em razão do bom desempenho e das muitas chances construídas. Recuperando partida em atraso da 11ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Grêmio venceu o Santos por 1 a 0, e subiu para a 9ª colocação, com 39 pontos.

O time paulista, ainda com uma partida a menos que os demais (com exceção do Botafogo), segue com 35, em 13º. Brandão, que herdou a camisa 9 de Borges – ex-jogador do Grêmio insistentemente vaiado pelos tricolores – marcou o gol da vitória. Hoje centroavante santista, Borges atuou pelo clube gaúcho até maio deste ano, e saiu divorciado da torcida.

Pela 28ª rodada, às 18h do próximo sábado, o Grêmio visita o Coritiba, no Estádio Couto Pereira. No domingo, às 16h, o Santos recebe o Palmeiras em clássico paulista marcado para a Vila Belmiro.

Trocação pura
Nos confrontos entre lutadores de Artes Marciais Mistas (MMA, na sigla em inglês), fala-se muito em "trocação" – quando os adversários partem para o ataque franco. E foi desta forma que Grêmio e Santos encararam o primeiro tempo da partida.

De início, o Grêmio encurralou o Santos. Enquanto os volantes Arouca e Adriano perseguiam Douglas, no encaixe do 4-2-2-2 santista, Marquinhos e Escudero – os meias ofensivos do 4-2-3-1 tricolor – transitavam com liberdade na intermediária adversária.

Com o acréscimo dos laterais Mário Fernandes e Julio Cesar, Marquinhos e Escudero orquestraram a intensa blitz que levou ao gol de Brandão, marcado de cabeça após cruzamento de Marquinhos, que aproveitara rebote do goleiro Rafael. E outras muitas chances foram desperdiçadas. Ao Santos, nada mais restou a não ser também atacar.

Borges, Ibson e Alan Kardec pararam em Victor, ou chutaram para fora. Na outra área, Escudero seguia levando os defensores santistas à beira da insanidade. Trocação pura, que resultou em 17 finalizações – 11 para o Grêmio, 6 para o Santos – em pouco mais de 45 minutos.

Libertadores
Nem o intervalo arrefeceu o ímpeto de ambos. Grêmio e Santos disputaram segundo tempo tão intenso quanto o primeiro. Mais uma vez sobraram chances, principalmente na área de Rafael, que brilhou com defesas espetaculares.

Para incrementar a força ofensiva, Muricy Ramalho colocou o atacante Rentería em campo, sacando o meia Ibson, e organizando um 4-3-3. Logo depois, lesionado, Elano deu lugar a Henrique. Nas arquibancadas, torcedores também participavam efusivamente.

O mais marcado foi o centroavante Borges, ex-Grêmio, que a cada participação era soterrado por vaias e mais vaias. Empolgados com a vibração dos jogadores, os gremistas não pararam de cantar, trepidando o Estádio Olímpico.

Com o jogo sob controle, o Tricolor correu menos riscos mesmo enfrentando um trio de atacantes. Nos contra-ataques, Marquinhos e Escudero seguiram perigosos. E os torcedores puderam comemorar a vitória que lhes devolve a ambição de retornar à Taça Libertadores em 2012.