Categorias: Mundo

Sobem para 35 palestinos mortos em incursão

Grande parte das pessoas que morreram são civis.

Reuters

Moradores de Jabalya observam prédio desturído por ataque israelense

Pelo menos 35 palestinos morreram e 140 ficaram feridos desde que, no começo da noite de sábado, tiveram início os ataques por terra lançados por Israel contra a Faixa de Gaza, informaram fontes médicas.

Grande parte das pessoas que morreram desde ontem à noite são civis, já que "Israel está disparando contra casas e mercados", disse por telefone à Agência Efe Hassan Yalaf, vice-ministro de Saúde do Hamas e diretor-geral do Hospital de Shifa.

A situação no principal hospital da faixa territorial palestina é "dramática", já que o fornecimento de energia foi cortado há dois dias e não há remédios nem pessoal para atendimentos de emergência.

"Estamos há dois dias funcionando com os geradores, que podem parar a qualquer momento porque não temos reservas de combustível", disse o vice-ministro.

O hospital está "totalmente lotado" e a situação no local é "angustiante", acrescentou. As fronteiras com Israel estão fechadas e o governo israelense informou que neste domingo não permitirá a passagem de carregamentos com ajuda humanitária, alimentos e remédios.

"A comunidade internacional precisa frear o massacre de civis", declarou Yalaf, que denunciou que Israel "está violando todos os direitos humanos dos palestinos". Segundo testemunhas, os militares mantêm mais de 80 tanques, veículos blindados e escavadeiras no antigo assentamento judaico de Mitzarin.

As tropas de Israel dividiram a faixa territorial palestina em duas partes e as isolaram, de modo que do norte não há forma como ter acesso à região sul.

Na Cidade de Gaza, só se ouve o som dos aviões israelenses e das explosões e disparos da artilharia. As ruas, por sua vez, estão desertas, com dezenas de edifícios destruídos pelos bombardeios, entre eles o Parlamento do Hamas, totalmente arruinado.

Até o momento, o balanço de vítimas da ofensiva israelense iniciada no último dia 27 é de quase 500 mortos e mais de 2,5 mil feridos.