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Integrante da ‘Gangue Fardada’ se encontra com corregedor do CNJ

Segundo Dipp, em Alagoas, houve mais de 100 denúncias e 'há indícios de irregularidades'.

Estêvão dos Anjos/Alagoas24horas

Ministro Gilson Dipp disse que ‘há indícios de irreagularidades’ em Alagoas

No último dia de permanência dos integrantes da corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), juízes alagoanos e advogados pleiteiam uma audiência entre o ministro Gilson Dipp e o ex-integrante da Gangue Fardada, o ex-PM Garibalde Alves Amorim, que foi libertado em novembro de 2005. Amorim – que se recusou a entrar para o Programa de Proteção a Testemunhas – teria chegado a Alagoas na manhã desta quarta-feira, dia 6, vindo de Brasília.

Durante a audiência, o ex-PM, que ocuparia lugar significativo na hierarquia da Gangue Fardada, cujo comandante seria o ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante, e é acusado em vários crimes, entre eles a execução do tributarista Sílvio Vianna, ocorrido em 1996, iria ‘contar tudo que sabe ao CNJ’.

Garibalde Amorim ainda figura como ‘peça chave’ no assassinato da ex-deputada Federal Ceci Cunha, ocorrido naquela que ficou conhecida como Chacina da Gruta. Amorim chegou a afirmar que um consórcio teria sido montado para financiar a morte da deputada, que foi executada juntamente com familiares. O ex-PM firmou um termo de compromisso e deverá solicitar revisão processual.

Ainda na manhã de hoje, o ministro Gilson Dipp destacou a função principal da inspeção do CNJ que visa, sobretudo, fazer uma varredura nos tribunais de Justiça do país avaliando a celeridade no julgamento dos processos, aproveitamento dos juízes, se há inchaço de servidores, além de avaliar se há irregularidades como salários que ultrapassem o teto constitucional.

Segundo Dipp, em Alagoas, houve mais de 100 denúncias e “há indícios de irregularidades”. Segundo o integrante do CNJ, as fiscalizações estão sendo realizadas e o resultado deverá ser divulgado em breve.