Categorias: Justiça

Taxa de Iluminação Pública

Prefeituras terão que isentar consumidores de baixa renda.

Foi assinado no começo da tarde de ontem (26), um documento entre os prefeitos de municípios alagoanos, que estavam representando a AMA, entre o assessor jurídico da CEAL, o superintendente da SIMA, Procuradores do município de Maceió e Defensores Públicos para que seja adiada, durante 90 dias, a liminar do juiz que obriga o órgão recolhedor de emitir duas leituras óticas – uma para a energia própria e a outra para a taxa de iluminação pública (Cosip) -, que vem discriminada na conta de luz.

Durante o prazo, os municípios farão a contraproposta oferecida pela Defensoria Pública no sentido de isentar da cobrança da COSIP os consumidores da baixa renda do Estado de Alagoas que consumisse até 100 kw/mês ou estivesse inserido em algum programa social do Governo Federal.

“Se os municípios e a CEAL aceitarem a proposta de isentar se livrarão da decisão que os obriga a retirar a COSIP da fatura de energia elétrica, mas se eles não aceitarem, sofrerão os efeitos da decisão judicial do Desembargador Pedro Augusto Mendonça, que confirmou que a CEAL deve retirar a COSIP da fatura de energia elétrica de todos os consumidores do Estado de Alagoas” afirmou o Defensor público e autor da ação civil pública Othoniel Pinheiro.

De acordo com o assessor jurídico da CEAL, Bruno Peixoto, a criação de um novo sistema para que seja emitida a fatura com dois códigos de barras, sairia muito caro. E se por ventura a decisão passe a entrar em vigor, será possível a suspensão da parceria que existe entre os municípios e o órgão citado, que resulta na forma de cobrança que tem sido feita nesses últimos anos.

Na ocasião, o defensor público Othoniel Pinheiro defendeu que a isenção do tributo deveria ser para toda a população que consumisse até 100 kw/mês ou estivesse inserido em algum programa social do Governo Federal. Para ele, a forma de cobrança feita pela CEAL é ilegal e abusiva e fere vários dispositivos do Código de Defesa do Consumidor.

Durante a reunião que aconteceu na sede da Defensoria Pública e que durou mais de três horas, os prefeitos contestaram da decisão, alegando que os municípios não teriam condições de arcar com este prejuízo, visto que é a terceira maior arrecadação. Mas, o procurador geral do município, Marcelo Teixeira, entendeu que é o momento de conciliar os interesses dos municípios como entidade pública com a população de baixa renda.

Uma nova reunião está marcada para daqui a um mês, onde a contraproposta dos municípios será apresentada.TAC é assinado, prefeitura e CEAL têm 90 dias para apresentar contraproposta

Estiveram presentes na reunião o defensor público geral, Eduardo Lopes; o defensor público, Othoniel Pinheiro; o prefeito do município de Quebrangulo e presidente do Consórcio Intermunicipal para Gestão de Iluminação Pública (Cigip), Marcelo Lima; a prefeita de Santana de Ipanema, Renilde Silva Bulhões; o assessor jurídico da CEAL, Bruno Peixoto; o superintendente da SIMA, Max Trindade; os procuradores do município de Maceió, Marcelo Teixeira, Davi Ferreira, Denarcy Souza e Silva e também o assessor jurídico da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), João Alves Salgueiro.