“Tomei uma decisão, com o único objetivo de obedecer à lei".
Desembargador Antonio Sapucaia diz que obedeceu a lei
O desembargador Antonio Sapucaia, que nesta segunda-feira, 17, determinou o afastamento imediato dos dez deputados – apenas nove serão afastados, uma vez que o Antonio Hollanda Junior teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral – indiciados pela Operação Taturana da Polícia Federal, além do bloqueio dos bens, disse na manhã de hoje que apenas cumpriu seu dever.
A decisão, que teve grande repercussão junto à população de Alagoas, foi encarada com tranqüilidade pelo magistrado, que disse ter apenas cumprido a lei. “Tomei uma decisão, considerada rigorosa por alguns, com o único objetivo de obedecer à lei, não existe prazer na minha determinação”, avaliou o magistrado.
Sapucaia disse, ainda, que qualquer integrante do Tribunal de Justiça de Alagoas poderia ter adotado semelhante medida, ignorando os seis integrantes do Pleno – Washington Luiz, Estácio Gama, Juarez Marques, Orlando Manso, James Magalhães e Elizabeth Carvalho do Nascimento – que averbaram suspeição para analisar o agravo de instrumento interposto pelo Ministério Público Estadual.
Após a decisão histórica, o desembargador, que acumula a presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AL), recebe na manhã de hoje integrantes da Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, para discutir medidas que impeçam a violação da lei eleitoral, como compra de votos. O corregedor-eleitoral, juiz Leonardo Martins Resende também participa desta reunião.
Com a decisão de Sapucaia, quer perdurará enquanto houver a colheita de provas, os suplentes dos nove deputados deverão assumir os cargos. O Ministério Público, no entanto, afirmou ainda na tarde de ontem que deverá entrar com representação contra os suplentes que foram indiciados ou que estão sendo investigados pela Justiça.