Projeto será desenvolvido em parceria com a Ufal.
Prefeito Marcelo Souto destaca importância do projeto na área educacional
Um projeto inédito na área de educação começa a ser desenvolvido em um município do Sertão de Alagoas: Jacaré dos Homens. Para derrotar a evasão e a repetência, uma equipe de consultores e professores do município e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) está criando a figura do Agente Comunitário de Educação. A exemplo do que é feito na saúde, o agente vai acompanhar e controlar a permanência e ausência dos alunos matriculados nas escolas municipais,identificando as causas do fracasso escolar na busca de alternativas e soluções para o problema.
O projeto piloto será executado na Escola Pedro Abélio Madeiro, com aproximadamente mil alunos. A freqüência será informatizada através de cartões eletrônicos. Ao final do turno, a equipe terá acesso a um relatório com freqüência dos alunos. O diagnóstico das ausências será individualizado. O papel do agente de educação é ir até a casa do aluno e verificar o porquê da falta. Segundo o prefeito Marcelo Souto, muitos são os motivos que levam os estudantes a parar no meio do caminho, entre eles, o trabalho infantil, questões de saúde, desmotivação, discriminação e a falta de vontade de querer estudar.
“São as faltas constantes, que evoluem para a evasão que queremos acabar com esse projeto”,acrescenta o prefeito.Com o mapeamento feito uma equipe multidisciplinar vai desencadear ações imediatas para resolver o problema e não permitir a evasão e a repetência. Marcelo Souto anuncia que quer transformar o município pela educação.”Não podemos admitir que crianças, adolescentes, jovens e até adultos se enquadrem na categoria denominada “fracassados escolares”.
Segundo estimativas da Secretaria Municipal de Educação, em 2006, de cada 100 alunos matriculados no ensino básico 19,84% abandonaram a sala de aula e 30,21% foram reprovados. Esses índices elevados estão contribuindo para o baixo desempenho da cidade no índíce de desempenho do ensino básico, o IDEB, controlado pelo MEC. Como o problema não é apenas uma questão meramente educacional, o prefeito Marcelo Souto resolveu implantar ações que ataquem o problema no seu todo.
“Queremos envolver toda a estrutura do município, a comunidade, o conselho tutelar e também o Ministério Público”, diz o prefeito. Com esse projeto, os coordenadores esperam que a evasão seja reduzida em um ano.