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Servidores do fórum devem paralisar atividades por tempo indeterminado

Na sexta-feira, 22, um novo tremor voltou a assustar os servidores, que agora se recusam a trabalhar no fórum, alegando que o mesmo apresenta riscos reais e que estão trabalhando sob intensa pressão psicológica.

Sionelly Leite/Alagoas24horas

Suely Torquato diz que servidores estão trabalhando sob pressão

Os servidores do Poder Judiciário que trabalham no Fórum do Barro Duro decidem na manhã desta segunda-feira, 25, se irão paralisar as atividades por tempo indeterminado, devido à falta de segurança no prédio. Várias audiências que estavam agendadas para hoje foram suspensas.

Segundo os servidores, vários abalos foram registrados no prédio, o mais grave deles no dia 7 de agosto, quando o local chegou a ser evacuado às pressas. No local, foi registrado muita correria e um princípio de tumulto chegou a ser observado.

Desde então, uma série de laudos, pareceres e negativas de ameaça de desabamento foram divulgados. A presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas chegou a assinar uma ordem de serviço que prevê a realização de uma obra – em caráter emergencial – que prevê reforço estrutural, recuperação e ampliação do sistema de prevenção e combate à incêndio e pânico, mas que até hoje não teve início.

Segundo o contrato, firmado com a Cotrim Engenharia Ltda., a empresa terá o prazo de 120 dias para concluir a execução da obra, que será fiscalizada diretamente por engenheiros e técnicos do TJ/AL. A obra está orçada em R$ 1.317.394,35.

No entanto, na última sexta-feira, 22, um novo tremor voltou a assustar os servidores, que agora se recusam a trabalhar no fórum, alegando que o mesmo apresenta riscos reais e que estão trabalhando sob intensa pressão psicológica. A presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça de Alagoas (Serjal), Suely Torquato, disse que será votado em assembléia a suspensão de todas as atividades do fórum, uma vez que 10% dos serviços estão sendo mantidos.

“O TJ não tomou nenhuma medida efetiva para resolver o problema. As obras não tiveram início e nem o prédio foi desocupado e apesar da ameaça de corte no ponto dos servidores estamos determinados a decretar greve por tempo indeterminado, exigindo segurança e melhores condições de trabalho”, explicou.

Em contato com a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas, a reportagem do Alagoas24horas foi informada que o presidente do TJ, desembargador José Fernandes de Hollanda Ferreira chegou a Maceió nesta segunda-feira, e deve se pronunciar oficialmente no começo da tarde.

Paralisação

Após a realização da assembléia, os servidores decidiram decretar greve por tempo indeterminado. Segundo Suley Toraquato, "não voltamos para o fórum do Barro Duro, apesar das pressões". Os servidores planejam, ainda, instalar tendas do lado de fora do prédio para oferecer parte dos serviços à população.

Atualizada às 12h56.