Albuquerque considera positiva a operação desencadeada no Brasil pela Polícia Federal, mas continua acreditando na inocência do seu cunhado, Márcio Gomes, que foi secretário de Infra-Estrutura do Estado, por seis meses, no governo passado. “Mantenho meu crédito à integridade moral dele”.
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado Antônio Albuquerque (DEM), reiterou, na manhã de hoje, a necessidade de as instituições agirem, “sem trégua”, contra a corrupção. “Não há dúvida sobre meu ponto de vista. Nunca assumi compromisso com o erro nem com a impunidade. Defendo que tudo seja passado a limpo, para que os recursos públicos deixem de ser sangrados e desviados de sua nobre finalidade, que é o de beneficiar a população”.
Albuquerque considera positiva a operação desencadeada no Brasil pela Polícia Federal, mas continua acreditando na inocência do seu cunhado, Márcio Gomes, que foi secretário de Infra-Estrutura do Estado, por seis meses, no governo passado. “Mantenho meu crédito à integridade moral dele. Como político e presidente do Parlamento alagoano, quero apostar que essa operação irá mergulhar profundamente nesse submundo e investigar as deformações que vêm sendo apontadas pela imprensa”, disse Albuquerque, fazendo questão de separar sua postura de homem público do vínculo familiar.
“Estou ao lado do princípio da ética, da aplicação honesta do dinheiro do cidadão e da punição de qualquer um, especialmente o peixe graúdo, por tráfico de influência e desvios criminosos”, afirmou, para depois arriscar um prognóstico em relação ao desdobramento da prisão de Márcio: “Desejo a apuração de todos os fatos, porque o desfecho do processo vai inocentá-lo”, acredita.
Lamentando o fato de terem interpretado sua posição como uma “queixa” especificamente dirigida à ação da Polícia Federal, o presidente da Assembléia perguntou: “Reclamar por quê? Eu não tenho compromisso com o erro nem com a impunidade. Essa operação pode estar colocando o dedo na ferida e talvez seja apenas uma parte visível da grande e histórica bandalheira que suga o erário há muitas décadas”.
Perguntado sobre a atitude do governador Teotonio Vilela Filho de afastar os auxiliares que foram presos pela Polícia Federal, Albuquerque considerou o gesto correto, inclusive a Márcio Gomes como dirigente do Detran. “A atitude do governador é prudente, porque resguarda o funcionamento normal do Executivo nesse período de apuração, não efetua nenhum prejulgamento e defende a ampla defesa dos acusados”, concluiu.