Substâncias conhecidas como thiazolidinediones, usadas no tratamento de diabete, podem dobrar o risco de uma parada cardíaca, segundo uma pesquisa liderada pela Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha.
Substâncias conhecidas como thiazolidinediones, usadas no tratamento de diabete, podem dobrar o risco de uma parada cardíaca, segundo uma pesquisa liderada pela Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha.
Elas ajudam a tornar as células mais sensíveis à insulina, hormônio que permite a absorção de glicose para produzir energia.
Os pesquisadores avaliam que a retenção de líquido provocada pela substância pode ser o problema.
Os principais genéricos dela são o Rosiglitazone (do laboratório GlaxoSmithKline), cujo nome comercial é Avandia, e o Pioglitazone, também chamado de Actos (vendido no Brasil pelo laboratório Abbott).
O levantamento estima que uma em cada 50 pessoas que tomaram um dos remédios durante mais de dois anos precisa de internação hospitalar por causa de problemas no coração.
"Isso significa que os medicamentos para diabete podem ter provocado milhares de casos de parada cardíaca", disse o coordenador da pesquisa, Yoon Loke.
No ano passado, os médicos britânicos emitiram 1,5 milhão de receitas recomendando o uso do Rosiglitazone e do Pioglitazone.
O estudo, que foi publicado na revista Diabetes Care, pede que as autoridades reguladoras repensem a venda das drogas.
Os pacientes foram aconselhados a não parar de tomar os remédios de repente, e sim consultar um médico.
Os dois medicamentos são comercializados no Brasil. Há um mês, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no seu site uma nota do laboratório que produz o Avandia defendendo o uso do produto.
O texto é uma resposta a um outro artigo contra o medicamento publicado no New England Journal of Medicine.