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Festival infantil reunirá contadores de histórias de Alagoas

Quando contada com graça e talento, uma simples história pode ser muito mais eficiente para prender a atenção do público do que grandes superproduções teatrais ou cinematográficas. Essa é a aposta de um time especialíssimo de narradores que tomará conta do Passeio Stella Maris, neste sábado e domingo, durante o 1º Festival de Histórias Infantis.

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Festival de histórias infantis

Quando contada com graça e talento, uma simples história pode ser muito mais eficiente para prender a atenção do público do que grandes superproduções teatrais ou cinematográficas. Essa é a aposta de um time especialíssimo de narradores que tomará conta do Passeio Stella Maris, neste sábado e domingo, durante o 1º Festival de Histórias Infantis.

Com patrocínio do projeto Teatro Sesinho, do Sesi, e apoio da Biblioteca Pública, o evento levará para o espaço à beira-mar do Passeio o universo mágico dos contos de fadas, princesas, bichos e outros personagens da cultura popular.

Além de reunir alguns dos melhores autores e contadores de histórias de Alagoas, o festival terá também a presença de cordelistas, que farão versos especiais para crianças, oficina de desenho e uma feira de livros infantis, onde será possível conferir alguns dos principais lançamentos do mercado editorial para este público. "Será uma oportunidade para que as crianças interajam de forma lúdica com a literatura e descubram o prazer de ler", afirma Maria Lydia Costa, da livraria BêaBá, que prepara um estande especial para o evento.

Misto de leitura com técnica teatral, a contação de histórias é uma categoria que tem conquistado cada vez mais espaço tanto nas escolas quanto em festas, eventos e até hospitais. "Há um método próprio para transmitir para o público toda a emoção do personagem e fazer a história ganhar vida, cheiro, gosto, som", afirma Fátima Cravo, que há 14 anos decidiu aliar o magistério com o gosto pela interpretação e investir na atividade de contadora. "É preciso impostar a voz, saber criar suspense e perceber o ritmo certo para cada história", diz.

No lugar de cenários hiper-realistas, o uso de acessórios curiosos em momentos-chave da narração é um dos principais recursos para envolver a garotada e estimular a criatividade. "Numa de minhas histórias, por exemplo, os personagens são representados por espanadores coloridos", conta Beth Miranda, uma das principais atrações do festival. "As crianças deliram e participam de verdade da brincadeira."

Autora do livro "O Dedo Mágico da Princesa", a escritora alagoana Marijôse Albuquerque não dispensa o contato direto com seu "pequeno" público. "As crianças vibram quando descobrem que estão frente a frente com quem fez o livro", comenta ela, que em sua apresentação lançará mão de um baú de objetos para contar as aventuras de sua heroína, uma menina que morava com sua família em uma floresta que estava sendo desmatada e se transforma em protetora dos animais.

Mensagens construtivas, que trabalham conceitos como a ética, a solidariedade e a conscientização ambiental, aliás, são uma constante nas histórias escolhidas pelos contadores. "Nada melhor do que uma boa fábula para passar às crianças de forma muito direta estas noções de valores humanos", diz a escritora Maristela Pozitano, autora de "A Luzinha e o Voluntário", outra das histórias que prometem encantar crianças e adultos neste final de semana

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