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Relembrando o 17 de julho

Olhando pelo retrovisor estes últimos oito anos que nos separam daquele 17 julho, podemos chegar a conclusão que mudou alguma coisa, mas não como nós gostaríamos. O movimento popular rompeu barreiras sócio-culturais, contudo poderia ir muito mais fundo na possibilidade de reformar outras concepções conservadoras, principalmente na moralidade política alagoana.

Olhando pelo retrovisor estes últimos oito anos que nos separam daquele 17 julho, podemos chegar a conclusão que mudou alguma coisa, mas não como nós gostaríamos. O movimento popular rompeu barreiras sócio-culturais, contudo poderia ir muito mais fundo na possibilidade de reformar outras concepções conservadoras, principalmente na moralidade política alagoana.

Se a demonstração de revolta de parte da população, confiante na condução de policiais civis e militares em greve e sem salários, conseguiu pressionar de tal forma os Poderes constituídos, que o Governador pediu afastamento, não houve qualquer reflexo – a não ser um belo e merecido susto – no Poder Judiciário, nem na Assembléia Legislativa.

A simples substituição do Governador Suruagy pelo Vice, acabou tendo um efeito retardado, quando no ano seguinte o povo elegeu o grupo liderado por Lessa para assumir o comando do Estado. No inicio do novo Governo outro susto e o confronto (quem não se lembra da troca de acusações entre o Governador e Orlando Manso, Antonio Albuquerque…) mas depois do embate com duros ferimentos e atuais cicatrizes, o conforto da acomodação. E aí estamos, oito anos depois com a mesma expectativa de mudanças, mesmo que trazidas pelos ventos de limpeza que chegam de Brasília.

Afinal a Assembléia continua do mesmo jeito. Incompetente, preguiçosa e suspeitíssima. Não se faz respeitar e também não é cobrada por isso. Os senhores deputados usam o mandato para motivações pessoais e mantém seus cargos, seus espaços e seus fantasmas. Além dos salários.

Diferente não é o Poder Judiciário. Coisa de sesmaria, com pai passando para filhos e netos o poder de mando, a influência maléfica e a sensação de estar acima do bem e do mal. Esse papo já é manjado? Pode até ser, mas que todos nós perdemos uma ótima oportunidade há oito anos atrás de darmos uma melhorada na nossa vida, isso ninguém tenha dúvida.

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