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Artesãos recomeçam pela segunda vez

O grupo de 95 artesãos vindos do Cheiro da Terra voltou ao trabalho, nesta tarde, no espaço ao lado do Memorial à República, no bairro de Jaraguá. Este é o segundo local utilizado pelos “Artesãos Guerreiros de Maceió”, que conseguiram superar as perdas e mostram força e vontade de trabalhar.

Alagoas24horas/Arquivo

José Nivaldo arruma a nova barraca com o que sobrou do incêndio

O grupo de 95 artesãos vindos do Cheiro da Terra voltou ao trabalho, nesta tarde, no espaço ao lado do Memorial à República, no bairro de Jaraguá. Este é o segundo local utilizado pelos “Artesãos Guerreiros de Maceió”, que conseguiram superar as perdas e mostram força e vontade de trabalhar.

O terreno onde os comerciantes estão instalados pertence à União, o que impede a ocupação definitiva do grupo, mas eles ficarão até o fim de dezembro, pagando aluguel dos toldos, contas de água e luz. “Quando a gente fica no nada, aprende a viver na providência. Ninguém aqui está pensando no dia de amanhã, mas se tudo der certo, vamos, sim, comprar um terreno e sair daqui”, afirmou a presidente da Associação, Zuleide da Costa Araújo.

Por ficar ao lado do Memorial à República, o centro de artesanato já tem movimento de turistas, o que aumenta as expectativas dos artesãos, que pensam, agora, na temporada de julho. “Ficamos com muitas dívidas, já que o incêndio ocorreu quando tínhamos nos abastecido para o mês de janeiro. Agora vamos vender para pagar”, disse Rosimeire de Almeida, vendedora de doces artesanais, cachaça e castanha.

Incêndio

Ocorrido no dia 27 de dezembro, o incêndio queimou quase todas as barracas do Cheiro da Terra. Dias depois, uma equipe do Corpo de Bombeiros iniciou as investigações no local para fazer o relatório da perícia, que revelou que o incêndio foi causado por um curto-circuito.

Entre os artesãos, houve muitas perdas, José Nivaldo, por exemplo, estima que perdeu cerca de R$ 150 mil, em mercadorias, nos oito pontos que tinha no Cheiro da Terra. “Eu sou um dos maiores investidores daqui, mas consegui recomeçar com os produtos que tinha em casa e com mercadorias que sobraram do incêndio”, explica.

A maioria dos artesãos, no entanto, ainda sofre com a falta de produtos e esperam o financiamento do Fundo de Crédito do Estado, o Funcred. “São R$ 150 mil que serão divididos entre os 95 artesãos. O valor já foi aprovado, falta apenas começarmos a trabalhar para que eles confiem em nos passem o dinheiro”, explicou Zuleide Costa.