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Doleiro Alberto Youssef, investigado na Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras, disse, em depoimento de delação, que propinas

De acordo com o jornal, a Procuradoria-Geral da República promete divulgar nesta semana a lista de políticos envolvidos no caso.

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Segundo Alberto Youssef, obras em Abreu e Lima geraram propina para três partidos

O doleiro apontou como beneficiários de parte dos pagamentos o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do PP, o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em agosto do ano passado durante a campanha presidencial, e o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que morreu em março do ano passado.

De acordo com o jornal, a Procuradoria-Geral da República promete divulgar nesta semana a lista de políticos envolvidos no caso.

Youssef indicou que Nogueira e Fonte receberam propina paga pela construtora Queiroz Galvão entre 2010 e 2011 em um contrato para implantação de tubovias em Abreu e Lima. Segundo auditoria da Petrobras em 2010, as construtoras Queiroz Galvão e Iesa assinaram um contrato de R$ 2,7 bilhões para implantação das tubovias.

O suborno foi acertado antes da assinatura do contrato. Os representantes da Queiroz Galvão foram pressionados a fechar rapidamente o negócio por uma ameaça de criação de uma CPI sobre a Petrobras.

Na negociação, foi acertado que o valor de R$ 10 milhões, parte da propina, seria destinado a impedir a realização da CPI da Petrobras. Um dos beneficiários desse dinheiro foi o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, segundo Youssef.

O doleiro também disse que Eduardo Campos recebeu R$ 10 milhões de propina entre 2010 e 2011 em contrato do consórcio Conest, formado pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, em obras de unidades da Abreu e Lima. De acordo com Youssef, Campos recebeu os valores para não criar dificuldades nas obras.