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Número de casos de microcefalia em recém-nascidos aumenta para 54 em Alagoas

Ilustração

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O número de casos de microcefalia em recém-nascidos passa de 42 para 54 em Alagoas. A atualização dos dados foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), através de nota emitida à imprensa, nesta segunda-feiram 30.

De acordo com a Sesau, 15 casos foram informados por serviços de Maceió, 21 em Santana do Ipanema, quatro em Palmeira dos Índios, cinco em Penedo, cinco em Delmiro Gouveia, três em Arapiraca e um em União dos Palmares. O órgão ressalta ainda a existência de cinco casos intrauterinos, identificados em ultrassonografias realizadas nas cidades de Arapiraca, Canapi, Girau do Ponciano e Porto Calvo.

Ainda segundo a Sesau, o Ministério da Saúde recomenda ainda que, a partir do dia 19 de novembro, a ocorrência de microcefalia que se enquadra na definição de caso preconizada, seja registrada oportunamente no formulário de registro de eventos de saúde pública referente às microcefalias (resp – microcefalias), no endereço www.resp.saude.gov.br.

Todos os casos notificados que cumprirem a definição de caso suspeito de microcefalia deverão ser investigados para identificação da ocorrência de alteração do padrão de microcefalia em nascidos vivos.

 Casos no Brasil

Até 28 de novembro de 2015, foram notificados 1.248 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 311 municípios de 14 unidades da federação, de acordo com a terceira edição do informe epidemiológico sobre microcefalia, divulgado nesta segunda-feira (30). O governo permanece realizando todos os esforços para monitorar e investigar, de forma prioritária, o aumento do número de casos de microcefalia no país.

O estado de Pernambuco registra o maior número de casos (646), sendo o primeiro a identificar aumento de microcefalia em sua região. O Estado conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão os estados de Paraíba (248), Rio Grande do Norte (79), Sergipe (77), Alagoas (59), Bahia (37), Piauí (36), Ceará (25), Rio de Janeiro (13), Tocantins (12) Maranhão (12), Goiás (2), Mato Grosso do Sul (1) e Distrito Federal (1). Entre o total de casos, foram notificados sete óbitos. Um recém-nascido do Ceará, com diagnóstico de microcefalia e outras malformações congênitas por meio de ultrassonografia, teve resultado positivo para vírus Zika. Outros cinco no Rio Grande do Norte e um no Piauí estão em investigação para definir causa da morte.

ÓBITOS – Os achados estão sendo divulgados conforme são conhecidos. O objetivo é dar transparência sobre a situação atual, assim como emitir orientações para população e para a rede pública. O Ministério da Saúde também foi notificado, na sexta-feira (27), pelo Instituto Evandro Chagas sobre outros dois óbitos relacionados ao vírus Zika. As análises indicam que esse agente pode ter contribuído para agravamento dos casos e óbitos. Esta é a primeira ligação de morte relacionada ao vírus Zika no mundo, o que demostra uma semelhança com a dengue.

O primeiro caso foi confirmado pelo Instituto Evandro Chagas, de Belém (BA), trata-se de um homem com histórico de lúpus e de uso crônico de medicamentos corticoides, morador de São Luís, do Maranhão. Com suspeita de  dengue, foi realizada coleta de amostra de sangue e fragmentos de vísceras (cérebro, fígado, baço, rim, pulmão e coração) e enviadas ao IEC. O exame laboratorial apresentou resultado negativo para dengue. Com a técnica RT-PCR, foi detectado o genoma do vírus Zika no sangue e vísceras.

Confirmado na sexta-feira (27), o segundo caso é de uma menina de 16 anos, do município de Benevides, no Pará, que veio a óbito no final de outubro. Com suspeita inicial de dengue, notificada em 6 de outubro, ela apresentou dor de cabeça, náuseas e petéquias (pontos vermelhos na pele e mucosas). A coleta de sangue foi realizada sete dias após o início dos sintomas, em 29 de setembro. O teste foi positivo para Zika, confirmado e repetido.