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Em dia de cross country, hipismo CCE do Brasil sobe para sexto na classificação por equipes

Carlos Paro, melhor brasileiro na pista, dispara no ranking e fecha o dia na sétima posição

Sergio Dutti/Exemplus/COB

Sergio Dutti/Exemplus/COB

Diante de um percurso muito difícil, aonde 15 cavaleiros foram eliminados, o Brasil entrou na pista buscando subir algumas posições no ranking geral da disputa olímpica do hipismo CCE. O cross country, a segunda prova da modalidade, que exige bastante tanto do cavaleiro quanto do cavalo, teve o percurso de aproximadamente 6km e 33 obstáculos, considerando 45 esforços. Mesmo com algumas penalidades, a equipe subiu três posições no ranking, fechando o dia em 6º lugar. Nesta terça acontecem as duas provas de salto, pela manhã por equipe e na parte da tarde, a disputa pelo individual. Aonde os 25 melhores do ranking geral competem. Ainda nesta segunda, a equipe de adestramento teve a inspeção veterinária da modalidade. Todos os cavalos brasileiros foram aprovados e estão aptos para a disputa, que começa no próximo dia 10.

Estreante nos Jogos Olímpicos, Marcio Appel abriu o dia com um percurso firme, sabendo das dificuldades que encontraria na pista. Com o resultado da prova no cross, ele ocupa a 39ª posição no ranking geral, com 121.60 pontos. “Foi um percurso bem difícil. A gente já sabia que seria assim, e o que todos estão dizendo é que desde Sidney não tinha um cross tão difícil. Mas eu consegui uma boa prova. Meu cavalo veio muito bem, mas no final eles realmente ficam bem cansados, e precisei contornar um obstáculo. Andamos a pista ontem algumas vezes, sabíamos aonde precisaríamos segurar um pouco, mas o cavalo cansa, é normal. A ideia era eu fazer uma prova mais segura, assim os outros brasileiros, que são mais experientes, podem arriscar mais. E assim foi feito”, comentou Appel.

Disparando no ranking geral, fechando o dia em 7º, com 51.30 pontos, após passar muito bem pelo percurso do cross, Carlos Paro destacou as dificuldades e o desejo de manter uma boa posição no ranking geral, para que cheguem bem para a prova de saltos, nesta terça-feira. “Foi muito boa a minha passagem, é sempre bom termos alguém da equipe que já tenha saltado, eu estava me preparando na hora, então não consegui ver muito. Mas é um percurso difícil mesmo, estamos em uma olimpíada, então sempre teremos essas dificuldades. Queremos muito um bom resultado hoje para que amanhã, nas finais do salto, a gente possa colocar um pouco mais de pressão na prova”, comemorou Paro.

Ruy Fonseca enfrentou dificuldades no percurso do cross e acabou com algumas penalidades somadas à pontuação final. Durante a prova o cavalo não respondeu bem, o que acabou não contribuindo para o bom desempenho do conjunto. Ruy ocupa, no ranking geral, a 47ª posição, com 158.80 pontos. “O cavalo começou bem, mas tivemos, em, um momento, um desvio bobo e eu não consegui fazer voltar ao eixo. Sei que ali para a minha prova individual não dava mais, mas era importante terminar para a equipe. Ficou abaixo do que eu esperava, o meu cavalo nunca teve isso, estamos juntos desde 2009. Mas acontece. A prova está muito técnica, difícil. Mas o nosso plano era esse, depois do Marcio, o Carlos, eu e o Marcio Jorge iriamos para a prova com tudo, e aí você está sujeito a isso”, disse Ruy.

Fechando o dia de competições no Complexo de Hipismo em Deodoro, Marcio Carvalho Jorge chegou a ter um desequilíbrio com a égua durante o percurso, mas retomou a pista finalizou o concurso com alguns pontos de falta. Ainda assim o conjunto fecha o dia dentro da zona de classificação do individual, com 70 pontos na 24ª posição. “Foi uma boa prova, mas bem difícil, acho que conseguimos recuperar pela estratégia na equipe, o meu individual não tem como, também pelo adestramento de ontem. A égua afundou um pouco na água em um dos obstáculos, teve um desequilíbrio, mas conseguimos contornar. Agora vamos para a prova do salto e recuperar esses pontos”, afirmou Marcio Jorge.

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