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Alemanha é eficiente, usa erro do Chile e leva Copa das Confederações

Atual campeã do mundo conquista mais uma taça, mesmo sem time principal. Chilenos batem na trave após dois títulos na Copa América.

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Alemanha vence o Chile e é campeão da Copa das Confederações

Não importa a idade. Não importa se do outro lado tem um time sedento por uma inédita taça, como o Chile. A Alemanha justificou o status de seleção campeã do mundo – não precisando nem dos titulares – e faturou pela primeira vez a Copa das Confederações. Desbancando mais um sul-americano na final, tal qual fizera com a Argentina em 2014, os jovens alemães mantiveram a tradição da camisa, venceram por 1 a 0 e puderam comemorar a conquista no São Petersburgo Stadium neste domingo. O gol do título saiu dos pés de Stindl e foi graças a uma falha clamorosa de Marcelo Díaz.

Para o Chile, fica a decepção por interromper a jornada vencedora em competições oficiais, já que La Roja engatou duas conquistas seguidas na Copa América. No entanto, a derrota na Rússia não apaga a importância do grupo atual na história do futebol chileno. Com o título, a Alemanha iguala Brasil (1997 e 2005) e França (2001), que também faturaram a Copa das Confederações os campeões do mundo em vigência.

Os chilenos “rugiram” durante a execução do hino nacional e foram ferozes ao gramado. O domínio sobre o time da Alemanha impressionou. Posse de bola, marcação alta, colocando os atuais campeões do mundo contra a parede. Mas faltou eficiência, especialmente para Sánchez e Vargas. Aquela eficiência que uma seleção do quilate da Alemanha costuma ter em níveis elevadíssimos, não importa a idade dos jogadores.

O primeiro tempo foi um exemplo claro disso. Quando Marcelo Diaz cochilou, cometendo um erro gravíssimo, bobo, quase inexplicável, a “oferta” aos alemães foi irrecusável. Timo Werner, um dos destaques dessa jovem Alemanha, bateu a carteira do experiente meio-campista. Sem ser egoísta, o passe foi dado para o gol que deve ter sido o mais fácil da vida de Stindl.

Quanto mais a torcida gritava (com alguns hiatos, gerando um silêncio que se enquadrava mais para o Bolshoi do que para o estádio de futebol), menos o Chile criava perigo para Ter Stegen. Na primeira etapa, o goleiro alemão trabalhou mais no primeiro terço do tempo, apesar de a bola ter circulado bastante a área alemã.

No segundo tempo, o Chile perdeu a força ofensiva. Passou a cometer erros tanto na frente quando atrás, dando espaços. Mas quem falhou também foi a arbitragem, apesar do auxílio da tecnologia. Jara acertou uma cotovelada no rosto de Werner, o árbitro Milorad Mazic consultou o vídeo – foi na lateral do campo e viu por si próprio -, mas só deu amarelo.

Depois da confusão com o apito e já na base do desespero, o Chile voltou a pressionar. A tentativa de sufocar os alemães trouxe mais uma série de chances desperdiçadas. As mexidas de Pizzi foram no intuito de aumentar o poder de fogo e definição da equipe, mas não surtiram efeito. Sagal, por exemplo, mandou pelos ares uma oportunidade na pequena área. Sánchez até levou muito perigo no último minuto de falta, mas…

Como no futebol justiça é sinônimo de eficiência, o título ficou em boas mãos.

CHILE 0 X 1 ALEMANHA
Local: São Petersburgo Stadium, em Sao Petersburgo (RUS)
Data/Hora: 2/7/2017, às 15h (de Brasília)
Árbitro: Milorad Mazic (SER)
Assistentes: Milovan Ristic e Dalibor Djurdjevic (SER)
Cartões amarelos: Vidal, Vargas, Bravo (CHI); Kimmich (ALE)
Gols: Stindl, 20’/1ºT (0-1)

CHILE: Bravo, Isla, Jara, Medel e Beausejour; Díaz (Valencia, 7’/2ºT), Aránguiz (Sagal, 35’/2ºT), Vidal e Hernández; Vargas (Puch, 35’/2ºT) e Sánchez. Técnico: Juan Pizzi

ALEMANHA: Ter Stegen, Mustafi, Rüdiger e Ginter; Kimmich, Rudy, Goretzka (Süle, 46’/2ºT) e Hector; Draxler, Stindl e Werner (Emre Can, 33’/2ºT). Técnico: Joachim Löw