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Prática religiosa e espiritual influenciou para mãe matar dois filhos, diz defesa

O julgamento da mulher acusada de matar dois filhos – dos três filhos – para se vingar do ex-marido está acontecendo nesta segunda-feira (19), em Maceió. Arlene Régis dos Santos é julgada no Fórum do Barro Duro por estrangular Antony Pedro Santos Nobre, de 7 anos, e esfaquear Abelardo Pedro Neto, de 12 anos.

João Urtiga/Alagoas 24 Horas

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O que chama atenção, no entanto, é o argumento emitido pela defesa da ré, afirmando que a prática de atividades religiosas e espirituais influenciou no ato cometido por Arlene, que ainda de acordo com o advogado Cristiano Barbosa, não possuía consciência de seu ato.

“Foi provado por médicos e psiquiatras que Arlene se trata de uma pessoa doente mental e emocional. Ela não premeditou o crime e não agiu por vingança. Ela é uma pessoa perturbada psicologicamente, emocionalmente e, inclusive, espiritualmente, portanto merece um tratamento psiquiátrico, não cadeia”, afirmou Barbosa.

João Urtiga/Alagoas 24 Horas

Arlene Régis dos Santos durante Júri Popular nesta segunda (19)

Para o promotor Antônio Vilas Boas, que integra a acusação, deve ser aplicado ao caso a semi-imputabilidade, ou seja, a ré seria apenas parcialmente incapaz de entender a ilicitude do ato que cometeu.

De acordo com o juiz John Silas da Silva, que preside o júri, se a ré for considerada inimputável, ou semi-imputável, deverá permanecer internada em uma clínica psiquiátrica. Se julgada imputável, Arlene receberá pena de 12 a 30 anos de prisão em regime fechado por cada crime.

O caso

De acordo com denúncia, a mulher deu o medicamento Rivotril para os três filhos na noite que antecedeu o crime. Por volta das 3h de 29 de setembro de 2009, Arlene então estrangulou Antony e esfaqueou Abelardo. Ainda começou a estrangular o terceiro filho, Arlanicson Pedro Santos Nobre, então com 15 anos, mas desistiu de concluir o ato quanto a este, e foi absolvida sumariamente.

O Ministério Público afirma que a ré cometeu o crime para se vingar do marido, que a deixou. Foi encontrada uma carta escrita por Arlene para o marido, em que ela confessa os homicídios e indica a motivação.

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