Saída do hospital
O G1 questionou o Hospital Salgado Filho se Valéria, com uma fratura no calcanhar, teria condições de sair andando sozinha. O hospital respondeu apenas que a condição de saúde da paciente está registrada em prontuário, sem dar mais detalhes.
“Não se pode avaliar a condição de um paciente por câmeras de segurança. O que as imagens mostram é a paciente deixando o hospital. As imagens das câmeras de segurança estão com a polícia, a quem cabe investigar o caso”, disse o hospital, em nota.
Um funcionário do Salgado Filho, que não quis se identificar, revelou ao G1 que Valéria estava com o pé imobilizado quando deixou o local e que imagens das câmeras de segurança mostraram ela andando sozinha.
Valéria estava internada na enfermaria do hospital desde quinta-feira (17) e ia passar por uma cirurgia quando deixou o pronto-socorro à revelia. A Secretaria Municipal de Saúde informou que Valéria não relatou aos profissionais do hospital que gostaria de sair e que ela deixou o local sem ter recebido alta médica.
Uma fonte ouvida pelo G1 disse que a mulher foi encontrada em circunstâncias que indicam que ela possa ter sido morta por outra pessoa. Segundo informações da 23ª DP (Méier), as investigações estão em andamento para apurar as circunstâncias do fato e diligências estão sendo realizadas. A polícia agora aguarda o resultado do laudo pericial.
O que diz o Hospital Salgado Filho
O G1 também questionou o hospital por que a família de Valéria não foi avisada assim que ela deixou o local. A unidade de saúde alega a paciente saiu “lúcida, orientada e com controle de sua consciência”, e que, por isso, não havia obrigatoriedade em comunicar o fato aos familiares (veja a nota abaixo).
“A paciente não sumiu, deixamos isso claro. Destacamos ainda que a Sra. Valéria era uma paciente adulta, lúcida, orientada e deixou a unidade sem autorização ou alta hospitalar, não havendo, portanto, nenhum documento assinado. O termo de responsabilidade por deixar o hospital durante o tratamento só é assinado quando há um acordo, chamado de “alta a pedido”, entre paciente e equipe médica.