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Cruzando ciências, escritora busca entender fenômeno da alagoanidade

Reprodução

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Existem características que tornam Alagoas não um exemplo único ou mesmo um caso raro entre os estados, mas a demonstração de que ela faz parte, sim, do Brasil- um país que junta elementos da modernidade e do passado mais distante.

Quem somos nós? Partindo da violência, da cultura e passando pela psicologia social, antropologia e ciências sociais, a escritora Ana Cláudia Laurindo explica as camadas que formam nossa consciência e tenta entender o fenômeno da nossa alagoanidade.

Em “Hibridismo Cultural alagoano: o Barro de Onde Viemos”- livro que será lançado na próxima sexta-feira (15)- procura mostrar que, entre as características bem brasileiras deste nosso chão, está o fato de Alagoas reproduzir as engrenagens de um grande negócio: canaviais feitos sob medida para adoçar a boca do europeu (como no período colonial), movimentos que defendem um neoliberalismo caeté enquanto o tecido social se recupera lentamente dos índices negativos- nossa herança perversa.

Ao mesmo tempo, uma multicultura juntando pretos, índios, holandeses, portugueses, fugitivos da Europa que- forçados a aceitarem os padrões da elite local- reduzem-se a pilares rígidos, europeizados porque o Velho Mundo convencia a todos que era a imagem e semelhança de Deus.

Esse coro dominante de um Estado empresarial vai sendo desmontado nas páginas da escritora. Isto vai além das cifras ou números. Envolve um processo de domínio das consciências e na crença de que os poucos que sustentam os pilares desta terra não são as únicas peças importantes de um grande tabuleiro sócio-político.

Serviço:
Livro: “Hibridismo Cultural alagoano: o barro de onde viemos”
Autora: Ana Cláudia Laurindo
Lançamento: Sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Local: Espaço Cultural da praça Sinimbu (antiga reitoria da Ufal, Centro de Maceió)
Hora: 18hs às 22hs
Preço: R$ 35,00