Categorias: Justiça

Julgamento de acusados na morte de empresário é adiado

O novo julgamento foi remarcado para a próxima quinta-feira, dia 23. A acusação pede condenação por homicídio triplamente qualificado.

Alagoas24Horas

Familiares do empresário Araújo na época da exumação

O julgamento de quatro pessoas envolvidas na morte do empresário José Maria dos Santos, de 55 anos, que estava previsto para ocorrer nesta sexta-feira, dia 17, foi adiado a pedido do advogado de defesa, que apresentou atestado médico. O julgamento aconteceria no 1º Tribunal do Júri e seria presidido pelo juiz Maurício Brêda, da 7ª Vara Criminal.

Iriam ser julgados a ex-mulher do empresário, Maria José da Silva, a “Nena", e o policial militar Antonio Rita dos Santos. Os outros acusados – o amante de Nena, José Carlos Almeida Santos e José Alexandre Pereira Clemente – se encontram foragidos. O novo julgamento foi remarcado para a próxima quinta-feira, dia 23. A acusação pede condenação por homicídio triplamente qualificado.

O corpo do empresário José Maria dos Santos foi encontrado no dia 3 de março de 2006, um mês após o seu suposto sequestro, mas o reconhecimento só ocorreu no dia 21, após o corpo ser exumado no Cemitério Divina Pastora. O corpo do empresário foi encontrado em uma mata na região de Rio Largo, com os membros amarrados com fios de telefone. O empresário teria sido dopado e posteriormente asfixiado.

À época do crime, a mulher de Araújo, a Nena, teria ajudado a polícia a encontrar o local onde o corpo havia sido desovado. O corpo, no entanto, já havia sido recolhido pelo Instituto Médico Legal Estácio de Lima e foi enterrado como indigente. As motivações para o crime, segundo o inquérito, seria a descoberta, por parte de Araújo, do romance entre Nena e o fotógrafo José Carlos Almeida, além de motivação financeira.

Antonio Rita dos Santos é acusado de negociar a contratação dos assassinos do empresário. Enquanto Nena e José Carlos são apontados como autores intelectuais. Já José Alexandre Pereira Clemente será julgado por receptação dolosa de objeto roubado, porque pegou o carro da vítima e o vendeu a um estelionatário.

Já condenados

Em janeiro, o MPE, funcionando como Promotor de Justiça Magno Alexandre Moura, conseguiu a condenação do mecânico Luiz Aquino Ferreira em 33 anos de reclusão em regime fechado. Ele foi o terceiro envolvido na morte que foi condenado pelo Tribunal do Júri. Em novembro do ano passado, a promotoria já havia conseguido a condenação a 24 anos de prisão de Marcelo dos Santos que teria auxiliado Aquino a matar o empresário. O comerciante Maciel Gomes da Silva também foi condenado, a três anos de prisão, pela receptação do carro da vítima. Na época, ele comprou o carro da vítima por R$ 500,00.