Ministro Marx Beltrão e prefeito Cacau Filho tentam reverter situação no Francês
Um misto de indignação e expectativa marcou a reunião envolvendo os barraqueiros da orla da Praia do Francês que tiveram o empreendimento lacrado por falta de licença ambiental. As barracas, 13 ao todo, foram lacradas no último dia 8 de março e têm até o dia 20 para pagar multa no valor de R$ 110 mil.
O imbróglio trouxe para a primeira capital de Alagoas o ministro do Turismo, Marx Beltrão, além de representantes do trade, receptivo, associação de barraqueiros e Prefeitura de Marechal Deodoro.
Em entrevista à imprensa, o ministro Marx Beltrão disse que sua pasta repudia a forma como se deu a interdição das barracas. Segundo relato dos barraqueiros o Ibama usou poder de polícia e expulsou – de forma rude – mais de 15 grupos de turistas que estavam no local no dia da ação.
Beltrão anunciou que irá se reunir na próxima semana com o diretor nacional da Secretaria de Patrimônio da União, ministro do Meio Ambiente, além do presidente Michel Temer para tratar das questões relacionadas à praia do Francês, classificada pelo ministro como um dos melhores destinos turísticos do país.
O ministro informou, ainda, que o prefeito Cláudio Filho, o Cacau, deverá apresentar até 31 de março o projeto de urbanização da orla do Francês, para que sejam alocados recursos via bancada federal e ministério.
Além do ministro, o prefeito Cacau informou que se reunirá na próxima semana com representantes da SPU e Ibama em Alagoas para encontrar uma saída alternativa – e imediata – visando à reabertura das barracas lacradas. Cacau propôs a assinatura de um novo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com um prazo de 12 meses para evitar a demolição das barracas neste período.
Segundo o gestor, as barracas ameaçadas empregam 500 pessoas diretamente e mais de 1.500 indiretamente, além de movimentar toda a cadeia do turismo. O prefeito também tenta reverter a demolição de três barracas prevista para ocorrer no próximo dia 15. “É um problemas antigo, que estamos tentando resolver”, defendeu.
