Painel de votação da Câmara dos Deputados da sessão que rejeitou à denúncia da PGR que versa o crime de corrupção passiva.
O presidente Michel Temer (PMDB) teve uma importante vitória na Câmara dos Deputados, em Brasília, durante a sessão realizada nesta quarta-feira, 2, que apreciou o parecer da Comissão de Constituição e Justiça contrário à denúncia formulada pela Procuradoria Geral da República dando conta sobre o ‘suposto’ crime de corrupção passiva.
Os votos da bancada alagoana ficaram divididos e, dos nove parlamentares, apenas o deputado Pedro Vilela (PSDB) não ‘compareceu’ a sessão somando aos outros 18 faltosos, ou seja, quatro parlamentares votaram contra o arquivamento e outros quatro votaram favoráveis ao relatório da CCJ, que recomendou a rejeição da denúncia.
Como já era esperado, Maurício Quintella Lessa e Marx Beltrão – ambos ocupam cargos majoritários em ministérios de Temer – votaram pelo arquivamento da denúncia. Eles ocupam os cargos de ministros Transportes, Portos e Aviação Civil, e, do Turismo, consecutivamente, e em uma manobra política foram exonerados nesta quarta-feira (2) para participarem da votação.
Além de Lessa e Beltrão, também votaram favoráveis ao arquivamento os parlamentares Cícero Almeida e Arthur Lira. Almeida integra o mesmo partido de Temer e seguiu a orientação da direção do partido que ameaçou punir e até mesmo expulsar do partido que votar favorável a denúncia. Já Lira é do Partido Progressista que assume cargo majoritário em ministério de Temer.
Na contra mão à manobra de Temer, os parlamentares alagoanos Paulão (PT), Ronaldo Lessa (PDT), Givaldo Carimbão (PHS) e João Henrique Caldas (PSB) votaram favoráveis ao prosseguimento da denúncia da PGR na casa e contrários ao parecer da CCJ.
Em seu pronunciamento, Temer chegou a destacar que a Câmara dos Deputados “se manifestou de forma clara e incontestável” e que não é uma “vitória pessoal […], mas é uma conquista do estado de direito”.
Trecho do pronunciamento de Temer
A Câmara dos Deputados, que representa o povo brasileiro, se manifestou de forma clara e incontestável. A decisão soberana do parlamento não é uma vitória pessoal de quem quer que seja, mas é uma conquista do estado de Direito, da força das instituições e da Constituição.
[…]
É hora de atravessarmos, juntos, a ponte que nos conduzirá ao grande futuro que o Brasil merece. Agradeço a Câmara dos Deputados por sua decisão, e a todos os brasileiros que acreditaram em nosso país. Vamos trabalhar juntos pelo Brasil.
Obrigado a todos.
