EUA acusam jogador mexicano Rafa Márquez, ex-Barcelona, de ligação com tráfico de drogas

Capitão da seleção mexicana faz parte de uma lista de 22 pessoas e 43 entidades sancionadas por suposta relação com a rede liderada pelo traficante mexicano Raúl Flores Hernández.

ReutersRafaMarquez

O capitão da seleção mexicana Rafa Márquez, ex-jogador do Barcelona, teve os bens congelados pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos por manter laços com o narcotráfico, informou nesta quarta-feira (9) a entidade norte-americana.

Márquez, atual capitão da equipe mexicana Atlas, faz parte de uma lista de 22 pessoas e 43 entidades, entre elas o Grand Casino de Guadalajara e um clube de futebol, sancionados por ter alguma participação na rede do narcotráfico liderada pelo mexicano Raúl Flores Hernández, segundo o Departamento do Tesouro americano.

“O conjunto dos bens dessas pessoas, assim como das entidades, foi congelado e os cidadãos americanos estão proibidos de negociar com eles”, completou.

“Raul Flores Hernández opera há décadas por causa de seus relacionamentos de longa data com outros cartéis de droga e de seu uso de laranjas para mascarar seus investimentos de lucros ilegais de drogas”, disse o diretor da Ofac, John E. Smith, em um comunicado, classificando a medida como uma “grande ação conjunta” com o México.

De acordo com documentos no site do Tesouro, Márquez se ligou à organização de Flores Hernández por meio de uma escola de futebol chamada Escuela de Futbol Rafael Márquez, além de vários outros empreendimentos esportivos e de saúde.

O Tesouro dos EUA disse que a medida foi “a maior ação individual da lei contra um cartel de drogas mexicano que o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac, na sigla em inglês) já designou” e chega no momento em que o presidente Donald Trump prometeu acabar com os cartéis do país vizinho.

As autoridades americanas lembraram que estas sanções acontecem após anos de investigações em conjunto com a autoridades mexicanas.

‘El Patrón’

Considerado pelos companheiros da seleção mexicana como ‘El Patrón’ (O Chefão), Rafa Márquez iniciou a carreira profissional em 1996 no Atlas aos 16 anos.

Três anos depois, o zagueiro disputou a Copa América-1999 e foi avistado por olheiros do Monaco, que o levaram para disputar a primeira divisão francesa.

Márquez começou assim uma trajetória de 11 temporadas no futebol europeu: quatro com o Monaco e o restante com o Barcelona, clube com o qual ganhou fama mundial e conquistou 12 títulos, entre eles a Liga dos Campeões ao lado de Ronaldinho Gaúcho.

O zagueiro também jogou na MLS (Liga norte-americana) com o New York Red Bulls, antes de voltar ao México para defender o León e realizar um sonho: ser campeão nacional em seu país (2013 e 2014).

Após disputar a Copa do Mundo do Brasil-2014, Márquez voltou à Europa aos 35 anos para jogar pelo Hellas Verona italiano.

Em 2016, o ex-jogador do Barcelona realizou um último regresso ao México para atuar no Atlas, sua primeira equipe, com o objetivo de se aposentar após a Copa do Mundo da Rússia-2018, seu quinto Mundial.

Fonte: G1

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