PF investiga fraude em Alagoas de concurso público do TRT no Amazonas e Roraíma

Jorão Urtiga/Alagoas24horasDelegado Daniel Silvestre e superintendente Bernardo Gonçalves em entrevista à imprensa

Delegado Daniel Silvestre e superintendente Bernardo Gonçalves em entrevista à imprensa

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (15), uma operação que busca apurar um suposto esquema de fraude em concursos públicos para os cargos de analista e técnico do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região no Amazonas e Roraíma.

De acordo com informações preliminares repassadas pela assessoria em Maceió, a PF cumpre quatro mandados de busca e apreensão e quatro de condução coercitiva somente em Alagoas.

As investigações iniciaram na Superintendência Regional da PF no Amazonas, em abril de 2017, mediante provocação da Fundação Carlos Chagas, organizadora do concurso. No decorrer da ocorrência, apurou-se o possível envolvimento da organização criminosa investigada na Operação Gabarito, já iniciada pela Polícia Civil da Paraíba.

“O concurso teve a participação de quatro alagoanos suspeitos de terem cometido fraude. De acordo com as investigações do Amazonas, havia uma quadrilha que aliciou essas pessoas aqui em Maceió, inclusive, três que estão aqui [na sede da PF, no Jaraguá] foram os três primeiros colocados do concurso”, ressalta o delegado Daniel Silvestre, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado

Além dos integrantes da organização criminosa, foram identificados no total cinco (com os quatro alagoanos) candidatos supostamente beneficiados pelo esquema aos cargos de técnico e analista judiciário – área administrativa.

Os investigados respondem pelos crimes de constituição de organização criminosa (art. 2º da Lei nº.12.850), associação criminosa (art. 288 do CP) e fraude em certame de interesse público (art. 311-A do CP).

“Porta dos Fundos” é a expressão popular utilizada para designar uma atividade ou ação que queira ser escondida ou que seja de natureza escusa. Ao tentarem adentrar no serviço público de forma irregular, os envolvidos remetem à ideia ilustrativa de um acesso irregular a um local, indicando, portanto, uma entrada pela porta dos fundos.

A Polícia Federal esclarece que não foram identificados indícios de participação de funcionários/servidores da Fundação Carlos Chagas ou do TRT 11ª Região no esquema fraudulento.

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