Ação de Saúde orienta população sobre hanseníase na orla da Ponta Verde

Equipes distribuíram panfletos sobre diagnóstico precoce e tratamento da doença

Carla Cleto/Sesau

Quem foi à orla da Ponta Verde na manhã deste domingo, além de lazer, teve acesso a informações sobre Hanseníase, uma doença secular, mas que afeta centenas de pessoas em Alagoas. A ação foi realizada através de parceria entre as secretarias estadual e municipal de Saúde e o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).Além da tenda montada na rua fechada, destinada ao lazer da população, técnicos percorreram o calçadão da praia, entregando panfletos e orientando a população.

Os aposentados Hélio Basílio e Maria dos Prazeres Rodrigues, foram os primeiros a chegar a tenda em busca de informações sobre a doença. O casal apesar de saber da existência da hanseníase, desconhecia a forma de transmissão e o tratamento.Por mais de dez minutos ficaram conversando com uma das técnicas, que falou de todo o processo de evolução da mesma. Basílio, falou sobre uma provável mancha que tem e, foi orientado a procurar a Unidade Básica de Saúde de Bebedouro, onde reside. Orientação que estava sendo passada as demais pessoas, que falavam sobre a existência de mancha em seu corpo.

O autônomo Ary Buarque, foi a orla marítima, aproveitar o dia de folga e, resolveu ir à tenda, procurar informações sobre a hanseníase. Segundo ele, ação como essa é importante que ocorra, para orientar a população sobre a doença. “Algumas pessoas não sabem da gravidade da hanseníase, que apesar de existir há séculos,continua fazendo vítimas no Brasil. E, se não for identificada no início, pode causar sequelas graves”, frisou.

A assessora técnica da Gerência de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Rafaela Siqueira ,afirmou que o evento teve como finalidade sensibilizar e educar a população sobre a hanseníase, para que possa identificar os sinais da doença, que possibilita o diagnóstico e facilita o tratamento. Apesar das informações, ainda há preconceito em relação aos portadores da hanseníase, conforme destacou Rafaela.

Casos

O ano passado a Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis da Sesau registrou 334 casos, contra 307 em 2017.

Em 2017, foram registrados em Alagoas 307 novos casos e, no ano passado, a Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis da Sesau contabilizou 334 novas ocorrências. Uma ou duas manchas esbranquiçadas,, avermelhadas ou amarronzadas, são os primeiros sinais clínicos da hanseníase, que podem aparecer em qualquer parte do corpo, com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, ao frio, à dor e ao tato. O tratamento é iniciado na Unidade Básica de Saúde, podendo durar de seis meses a dois anos, com acompanhamento mensal.

Fonte: Agência Alagoas

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