Venda de ingressos da Copa até 1.000% mais caro em frente a centro de vendas

De camisa listrada, cambista coloca o ingresso contra o sol para provar a legitimidade.

O mesmo homem se aproxima do muro e conta um bolo de dinheiro
O mesmo homem se aproxima do muro e conta um bolo de dinheiro

Se a Copa está dentro do famoso padrão Fifa, o mesmo não se pode dizer do combate a cambistas. Diariamente, dezenas deles têm sido vistos agindo livremente na Avenida Wenceslau Braz, em frente à sede do Botafogo, que alugou o salão nobre para abrigar o único centro oficial de venda e distribuição de ingressos da competição no Rio. Cada sede do Mundial tem o seu centro. Sem serem importunados, eles atuam tranquilamente e chegam ao ponto de oferecer entradas até 1.000% mais caras.

Na tarde desta sexta-feira, véspera dos jogos entre Brasil e Chile, no Mineirão, e Colômbia e Uruguai, no Maracanã, pelas oitavas de final da competição, o movimento era grande. Com estrutura para receber em dinheiro ou cartão de crédito, a partir de uma agência localizada em Copacabana, os cambistas cobravam até R$ 2,2 mil por um ingresso da categoria 1 — a mais cara — da partida de Belo Horizonte, que na verdade custa R$ 440 — já incluindo impostos — para pessoas residentes no Brasil. Já para o duelo sul-americano no Mário Filho, a pedida é ainda mais salgada. A entrada da categoria 3, vendida pela Fifa por R$ 220, estava chegando até aos mesmos R$ 2,2 mil nas mãos dos vendedores ilegais. No caso de o comprador pedir dois bilhetes, o valor poderia cair para R$ 1,8 mil cada.

Enquanto os cambistas negociavam com torcedores colombianos, chilenos, uruguaios e brasileiros, entre outros, a guarda municipal apenas observava a movimentação. Na sexta, mais para o final da tarde, não foram vistos agentes de segurança da Fifa no local. Fontes próximas ao mercado ilegal de ingressos contam que esses profissionais estariam sendo intimidados pelos cambistas.

Já o Botafogo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas pessoas ligadas ao clube afirmam apenas que o espaço foi alugado e que a ação ilegal foge da alçada.

Além da venda presencial, os cambistas também têm atuado nas redes sociais. Em comunidades no Facebook, que já somam mais de 20 mil participantes, o vendedor posta uma foto do ingresso e aguarda os lances em mensagens privadas, assim como ocorre num leilão. Os interessados depositam metade do valor em uma conta corrente, mas nem sempre recebem a entrada.

Fonte: Extra Online

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