A explosão em uma subestação da Companhia Energética de Brasília (CEB), no subsolo do prédio onde funcionam os ministérios das Comunicações e dos Transportes, deixou os servidores em pânico nesta quinta-feira. A explosão foi seguida de muita fumaça, o fez com que dezenas de pessoas passassem mal. Segundo o Corpo de Bombeiros, 30 pessoas foram intoxicadas. Dezesseis delas foram levadas para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), sendo que dois casos são considerados de maior gravidade: o de uma grávida e o de um homem hipertenso.
Segundo o tenente-coronel Mauro Sérgio Oliveira, da comunicação dos bombeiros, a intoxicação é de pequena complexidade. "Nenhuma vítima sofreu trauma, foi apenas inalação de fumaça. Essa fumaça sobiu por todo o prédio, e, na correria, algumas pessoas podem ter inalado a fumaça", disse. Ainda conforme o oficial, houve uma evacuação tranquila do local.
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida (SP), o cardeal Raymundo Damasceno Assis, 77 anos, visitava o ministro dos Transportes, César Borges, quando ocorreu a explosão. Ele teve de descer seis andares de escada. "Foi um susto, a fumaça cada vez mais entrando, mas está tudo bem", disse.
O ministro dos Transportes estava no prédio no momento em que a fumaça invadiu os corredores. "Não houve correria. Eu desci junto do ministro pela escadaria dos fundos", disse o secretário-exercutivo da pasta, Miguel Mário Bianco Masella.
Esta é a segunda vez que ocorre um problema idêntico: em fevereiro deste ano, uma explosão na subestação da CEB causou danos ao prédio. Segundo o subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério das Comunicações, Ulysses Melo, a explosão de hoje ocorreu em outra subestação.
Na avaliação dele, desta vez mais pessoas passaram mal em função do novo caminho de escape, feito para evitar passar perto da subestação, como ocorria anteriormente. Mas, mesmo assim, não foi possível evitar a fumaça que se espalhou pelo local. “Demorou mais tempo para sair. Então, em prol da segurança do servidor, para ele não andar onde poderia haver chama, ele teve que andar mais tempo dentro do prédio.”
Ulysses também informou que, no momento da explosão, um funcionário da CEB trabalhava no local, mas não ficou ferido. Ainda segundo Ulysses, tudo indica que o problema inicialmente foi causado por um curto-circuito. Porém, a causa será determinada após perícia no local.
"A avaliação inicial indica que houve um curto circuito na substação da CEB. Só a perícia vai poder dizer a causa. Se foi de falha humana, da manutenção", disse. Os sites dos dois ministérios estão fora do ar.
O prédio que abriga os ministérios passou por vistoria neste ano pelo Corpo de Bombeiros e está no prazo legal para cumprir exigências. "Já é sabido que os prédios aqui são antigos, então não têm a parte do Habite-se, mas foram feitas recentemente vistorias da corporação que atendiam a maioria dos pontos. Foram notificados e estão dentro do prazo legal para cumprir todos os pontos", disse o tenente-coronel Mauro Sérgio Oliveira.
