Sem-terra lembram 17 de abril com ocupações, atos públicos e coletiva

Alagoas24horas/ArquivoSem-terra relembram Eldorado dos Carajás

Sem-terra relembram Eldorado dos Carajás

Os trabalhadores rurais sem-terra de Alagoas realizam diversas atividades para relembrar o dia 17 de abril de 1996, quando ocorreu o massacre de Eldorado dos Carajás e que posteriormente foi transformado como Dia Nacional de Luta Pela Reforma Agrária.

Em Alagoas, trabalhadores rurais ligados ao Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura em Alagoas (Fetag) estão ocupando várias propriedades em cidades do interior do Estado.

Em União dos Palmares, deve ocorrer, ainda na manhã de hoje, um ato público pelas ruas da cidade, que reunirá cerca de 900 trabalhadores, cobrando uma audiência com o prefeito José Pedrosa, para discutir questões estruturantes nos acampamentos da região, além da intervenção do prefeito junto ao governador Teotonio Vilela Filho para agilizar o processo de reforma agrária no Estado.

Em Maceió, coordenadores regionais do MST, MLST e Comissão Pastoral da Terra (CPT) concedem entrevista coletiva, às 10h, na sede do Sindicato dos Bancários, para discorrer sobre a situação do homem do campo.

Segundo a assessoria de comunicação do MST, várias fazendas também foram ocupadas na madrugada de hoje, como forma de pressionar o governo federal a agilizar o processo de reforma agrária.

Foram confirmadas ocupações em Porto Calvo, na Fazenda Lagoa Redonda, de propriedade do ex-presidente da Asplana, Edgar Antunes, por cerca de 100 famílias de trabalhadores rurais ligados ao MST.

O clima no local é tenso e os sem-terra acusam o proprietário das terras de ameaçarem os trabalhadores com funcionários fortemente armados, que cercarem o local.

Em Joaquim Gomes, cerca de 100 famílias ocuparam uma área de aproximadamente mil hectares, conhecida como Mirim, e afirmam que só sairão após receber uma comissão de técnicos do Incra.

Em Marechal Deodoro, cerca de 200 famílias ocuparam terras que fazem parte do espólio do extinto Produban, que teria sido doado pelo Governo do Estado à igreja católica.

Os trabalhadores rurais querem que o local seja transformado em um centro cultural e de lazer para o sem-terra.

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