Paulão admite que PT errou ao usar dinheiro de campanha não contabilizado

Mas deputado reafirma que os R$ 180 mil pagaram despesas do partido

O deputado Paulo Fernando dos Santos (PT) reconheceu, durante pronunciamento feito agora a pouco na tribuna da Assembléia Legislativa, que a direção local do partido cometeu um “erro gravíssimo” ao pagar despesas de campanha com dinheiro não contabilizado. Os R$ 160 mil sacados pelos petistas de Alagoas de uma das empresas do publicitário Marcos Valério foi o assunto que dominou a sessão da ALE.

“Outro erro foi parte do dinheiro ter sido depositada numa conta particular”, disse Paulão, acrescentando que o atual delegado do Trabalho no Estado, Ricardo Coelho, é réu confesso, porque logo admitiu que a metade do dinheiro foi depositado em sua conta.

Mas todo o dinheiro serviu para pagar despesas da campanha majoritária de 2002”, afirmou. “Como presidente do partido assumo o ônus, apesar de não ter participado da campanha majoritária”, disse, reafirmando que em nenhum momento recebeu dinheiro de ‘mensalão’, esquema de pagamento a parlamentares que era operado por Marcos Valério.

Paulão considerou normal a investigação que pode vir a ser feita pelo Ministério Público para apurar os R$ 160 mil repassados ao PT. “Essa auditoria nas contas do partido é uma coisa normal e procedente”, comentou ele, atacando a proposta do deputado Adalberto Cavalcante, que quer criar uma CPI para investigar a remessa de dinheiro ilegal aos petistas alagoanos.

“Sem fazer julgamento, tivemos na Assembléia Legislativa deputados citados na Operação Gabiru e acusados de envolvimento com pedofilia, mas não foi nenhuma proposta de criação de uma CPI para investigar esses casos”, criticou.

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