Davino diz que carnaval foi tranqüilo e que a Polícia Civil se fez presente

Luis VilarDavino vai encaminhar relatório final ao TJ

Davino vai encaminhar relatório final ao TJ

O diretor geral da Polícia Civil, Robervaldo Davino, concedeu entrevista coletiva – na manhã de hoje – para apresentar um balanço das atividades da Polícia Civil durante o período do Carnaval. O diretor aproveitou a oportunidade e fez um comparativo entre os anos de 2004, 2005 e 2006, não só no período das festividades, mas como em todo ano. De acordo com Davino, o ano passado a Civil bateu recordes em prisões e inquéritos instaurados.

Como o senhor avalia o trabalho da Polícia Civil durante o período carnavalesco?

Nós tivemos um Carnaval tranqüilo. Os números não nos deixa mentir. Muitas ocorrências não possuem sequer ligação direta com as festividades, são delitos e crimes que aconteceriam de qualquer jeito. Registramos uma redução da criminalidade em relação ao ano passado. Estivemos presentes o tempo todo. Prendemos um assaltante perigoso, durante as festividades. Realizamos operações em conjunto com todas as forças da Secretaria de Defesa Social. Posso dizer que foi positivo.

A Secretaria de Defesa Social passou por uma crise recentemente e com ela todas as forças da segurança pública, inclusive a Polícia Civil. Como a instituição tem trabalhado para responder a sociedade?

Sempre estivemos trabalhando. Um exemplo disto é que este ano executamos 620 mandados de prisão, realizamos 1.917 flagrantes delitos, ou seja um delinqüente preso por flagrante. Além disto concluímos 4.397 inquéritos que foram encaminhados à Justiça e temos 4.905 em andamento. Todos os números representam uma melhora em nosso trabalho se comparados ao de 2004. A Polícia Civil tem se equipado para responder as necessidades da sociedade, mas violência não é apenas caso de polícia, há também uma questão social.

O senhor falou em polícia equipada, mas agora no Carnaval, nós vimos um homem que estuprou uma criança e não foi preso porque não havia gasolina na viatura, conforme foi noticiado na imprensa.

Isto é uma inverdade. Nós disponibilizamos 500 litros de combustível para cada delegacia do interior do Estado e eles tinham autorização expressa de usar mais caso precisassem. O que aconteceu é que no momento do crime, a quantidade de gasolina que tinha no carro, não dava para que ele se deslocasse de Coruripe para Penedo, para prender o criminoso. Mas mesmo assim, enchemos o tanque e realizamos as buscas. Nossa polícia tem veículos novos, armas e equipamentos e sempre estamos lutando para melhorar. Fato que não acontecia no passado.

E quanto ao crime organizado? No período de carnaval a Polícia Civil realizou uma operação para prender mais um criminoso que atua em roubo de cargas e integra a quadrilha de Júnior Tenório. Ele foi acusado – em uma matéria do Estadão – de estar envolvido em crimes onde figura um deputado. Procede?

Até o presente momento, não há nada no papel que comprove isto. Pode haver políticos envolvidos, mas não podemos afirmar que exista ligação do Júnior Tenório com este ou aquele deputado sem possuir provas concretas disto. As investigações – pelo menos até agora – não apontaram esta ligação. Estamos no encalço de mais pessoas que integram esta quadrilha de crime organizado e tudo que for apurado e esclarecido a sociedade alagoana vai saber. Quem for culpado, vai pagar.

Recentemente, a Polícia Civil de Alagoas se envolveu em uma discussão com o Judiciário. A questão é o fato dos presídios não mais estarem recebendo os presos, o que o senhor pensa disto?

Nós não vamos deixar de prender, porque não há onde colocar os presos. Quem cometeu algum crime ou delito, tem que responder por ele. Agora, ordem judicial existe para ser cumprida. Nós vamos cumprir, buscando alternativas para este fato. Estamos estudando – juntamente com o secretário de Defesa Social (coronel Ronaldo dos Santos) – a alternativa de um “cadeião” para abrigar os presos sub judice.

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