Após Romário conseguir mais de 50 assinaturas de senadores para tentar instaurar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as denúncias de corrupção na Confederação Brasileira de Futebol, os deputados também se movimentaram.
Enquanto votavam pontos da reforma política, como financiamento privado de campanha e reeleição, o ex-judoca João Derly, hoje deputado federal pelo Rio de Janeiro, passava nas bancadas pedindo apoio para a abertura da apuração.
Até o final da noite, mais de 100 membros da Câmara tinham assinado o pedido, entre eles Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians, desafeto de Marco Polo Del Nero, atual presidente da CBF. A ideia agora é que a CPI seja mista, envolvendo as duas casas do Congresso.
A solicitação de inquérito foi motivada pela operação conjunta do FBI e da polícia suíça que prendeu sete dirigentes em Zurique, nesta quarta-feira, por acusações de corrupção, propina e enriquecimento ilícito por meio do futebol.
Entre os detidos, destaque para José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
