Família no crime: pai, mãe, filhos e até amante participavam de esquema criminoso

Entre os crimes praticados, estão assaltos a veículos, roubo de cargas e tráfico de drogas

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Uma operação desencadeada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em parceria com a Secretaria de Estado da Defesa e Ressocialização Social de Alagoas (Sedres/AL), através das polícias Civil (PC) e Militar (PM), com o Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gcoc) do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), com a 17ª Vara Criminal da Capital, e com a PM de Pernambuco desarticulou, na manhã desta terça-feira (23), uma quadrilha que praticava diversos crimes nos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba.

De acordo com o levantamento de informações, a quadrilha atuava no roubo de carros para praticar assaltos a veículos de carga nas BRs 101 e 104, principalmente na divisa entre Alagoas e Pernambuco. Há, também, casos registrados na Paraíba.

 As fichas policiais dos integrantes da quadrilha garantem passagens por roubos, tráfico de drogas, receptação, adulteração, uso de documento falso e até homicídio.

 Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Caruaru/PE e Maceió/AL. Até o momento, quatro pessoas foram presas, dois homens e duas mulheres. Um casal em casa cidade. Entre o material apreendido, estão um Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) falso, três veículos roubados, uma arma e cinco munições, além de produtos de roubos, como celulares, notebooks e cigarros. Também foram apreendidas três máquinas fotográficas e diversos cartões no nome de terceiros.

A operação, batizada de Cleptus, em referência ao verbo grego Kléptes, que significa “mania de roubar”, começou a ser planejada em março, após assalto a um carregamento de cigarros na BR 101, na fronteira AL/PE. A quadrilha apurou cerca de R$ 60 mil com o produto desse crime.

Ações criminosas

Uma característica das ações dos criminosos era a utilização de bloqueadores de sistemas de rastreamento de veículos, utilizados como medida de segurança pelas transportadoras de cargas. O uso do equipamento facilitava o transbordo da carga roubada.

Em algumas situações, também, os integrantes faziam as vítimas beberem um líquido que as deixavam desacordadas, sendo abandonadas, sem consciência, em locais ermos e de difícil comunicação.

Quadrilha

Além de outros três integrantes, que atuavam diretamente na execução dos roubos e têm passagens por crimes na Bahia, Piauí e São Paulo, a quadrilha contava, também, com a participação de toda uma família: pai, esposa, dois filhos e uma amante.

O pai, de 39 anos, era o cabeça do grupo. Ele atuava em várias linhas criminosas e é ex-detento do sistema prisional de Pernambuco. Mesmo dentro da cadeia, comandava crimes praticados na BR 104, e usava o dinheiro da venda dos produtos dos roubos para refinanciar seus negócios ilícitos, investindo na compra de drogas.

Seu filho mais velho, de 23 anos, que está preso no sistema prisional de Goiás, intermediava a compra dos entorpecentes. O mais novo, de 21 anos, além de atuar diretamente nos assaltos, ainda servia como ‘mula’, trazendo a drogas em ônibus interestaduais.

Em uma dessas viagens, em março deste ano, o filho mais novo foi preso pela PRF durante uma abordagem de rotina na BR 101, em São Miguel dos Campos. Ele trazia pasta base e cocaína de Goiás para o pai. A droga, avaliada em R$ 80 mil, estava escondida dentro de um micro-ondas, no bagageiro de um ônibus interestadual. Atualmente ele está preso no sistema prisional de Craíbas.

A esposa, de 37 anos, que morava em Maceió, e a amante, de 39, que residia em Caruaru, ajudavam na logística das ações criminosas. Ocultação dos produtos dos roubos, intermediação de venda de armas, e depósito de dinheiro para a compra de drogas eram algumas das suas funções.

Além dos dois filhos, que já estavam presos, com a operação de hoje mais quatro foram para a cadeia. O líder do bando e mais um dos integrantes conseguiram fugir. As buscas pelos foragidos continuam.

Os presos em Maceió foram levados para a sede da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), na Santa Amélia, e os de Caruaru ficarão presos na cidade, mas serão encaminhados, posteriormente, para o sistema prisional de Alagoas.

Fonte: Nucom PRF/AL

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