Lúpus: mulheres são principal alvo de doença autoimune

Existe uma doença que enxerga os órgãos e tecidos do corpo humano como agentes nocivos e passa a acionar o sistema imunológico para combatê-los. “O lúpus eritematoso sistêmico – ou apenas lúpus – é uma doença inflamatória que pode afetar virtualmente qualquer órgão ou tecido do corpo, sendo mais frequente na pele, articulações, rins, pulmões e sistema nervoso”, resumiu o reumatologista da Santa Casa de Maceió, Georges Basile Christopoulos. O paciente típico apresenta inflamação em articulações, pequenas manchas nas áreas da pele mais expostas ao sol, febre, cansaço entre outros.

Mulheres são alvo

Estudo realizado por um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) revelou que no período de 2002 a 2007 foram internados em 24 hospitais alagoanos um total de 578 pacientes com lúpus.

O problema é que desse total nada menos que 90,3% eram mulheres e apenas 9,7%, homens. Segundo o levantamento, mulheres na faixa dos 30 anos foram as que mais recorreram à internação por causa da doença. Os números estão em sintonia com os da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), que estima 65 mil casos de lúpus no Brasil, sendo 90% mulheres. Já o Grupo de Apoio a Pessoas com Lúpus calcula 4 mil portadores em Alagoas. 

O problema do lúpus é que ele age como um camaleão, apresentando sintomas similares ao de outras doenças, dificultando o diagnóstico. Os pesquisadores ainda não conseguiram determinar com precisão os fatores que levam ao lúpus, o que impede ações preventivas. “Ainda não existe um tratamento único para a doença. A terapêutica dependerá dos sintomas e de sua intensidade”, concluiu Christopoulos.

 

Reumatologista Georges Basile Christopoulos

 

Fonte: Ascom Santa Casa

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