Áudios apontam que MBL recebeu financiamento de partidos em atos pró-impeachment

Siglas como PMDB, Solidariedade e DEM contribuíram com ações como impressão de panfletos e uso de carros de som

MBL/Facebook/ReproduçãoO grupo se define como apartidário e sem ligações financeiras com agremiações políticas

O grupo se define como apartidário e sem ligações financeiras com agremiações políticas

O MBL (Movimento Brasil Livre), entidade civil criada em 2014 com o objetivo de lutar contra a corrupção e pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), recebeu apoio de partidos nos atos pró-impeachment realizados pelo movimento. Siglas como PMDB, Solidariedade e DEM contribuíram com ações como impressão de panfletos e uso de carros de som. A informação é do portal UOL.

Na sua fundação, o grupo se definia como apartidário e sem ligações financeiras com agremiações políticas. Nas suas redes sociais, fazia campanhas permanentes para receber doações financeiras de pessoas sem ligação com partidos. Entretanto, ao menos a partir desse ano, a entidade teria negociado e perdido ajuda às siglas.

Do PMDB, o MBL teria conseguido o custeio da impressão dos panfletos de divulgação das manifestações pró-impeachment ocorridas pelo Brasil no último dia 13 de março. O presidente da Juventude do PMDB, Bruno Júlio, informou ao UOL que solicitou ao secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias e Investimentos) do governo interino, Moreira Franco, que custeasse 20 mil panfletos de divulgação dos atos, com a inscrição “Esse impeachment é meu”, lema próprio do MBL. A assessoria de Moreira Franco nega. O MBL não confirmou o custeio dos panfletos, apenas declarou que o PMDB fazia parte da comissão pró-impeachment.

O MBL também teria conseguido apoio das “máquinas partidárias” do DEM e do Solidariedade. Em nota enviada ao UOL, a assessoria de imprensa do Solidariedade confirmou a parceria. O DEM, por sua vez, negou qualquer tipo de ajuda financeira ou apoio material ao movimento, mas disse ter atuado em conjunto com o MBL.

Além disso, a entidade teria recebido ajuda financeira do PSDB em uma manifestação em Brasília no dia 11 de maio durante a votação no Senado que resultou no afastamento de Dilma Rousseff da Presidência. A sigla teria se responsabilizado pelo pagamento de lanches e aluguel de ônibus. Procurado, o partido negou a ação. Segundo a Juventude do PSDB, ocorreu uma aproximação com o MBL, mas a parceria não chegou a se concretizar.

Também por meio de nota, o MBL respondeu que “a aproximação com as lideranças (políticas) foi fundamental para pavimentar o caminho do impeachment.” Atualmente, o MBL continua realizando suas campanhas de arrecadação, mas se define como “suprapartidário”. A contribuição financeira concedida é vinculada ao grau de participação do doador com o movimento. A partir de R$ 30, o novo integrante pode ter direito a votos.

Fonte: Diário de Pernambuco

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