Exame de DNA confirma morte de carioca sumida após atentado em Nice

Elizabeth estava desaparecida desde quinta; filha também está entre mortos.

Arquivo pessoalElizabeth, Sylian e a filha mais nova do casal

Elizabeth, Sylian e a filha mais nova do casal

Autoridades francesas confirmaram, na noite deste domingo (17), a morte da carioca Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro. A identificação foi feita por exame de DNA. Maria Inês, mãe da vítima, ainda não havia sido informada sobre onde está o corpo da filha. A informação foi divulgada pelo Fantástico.

Elizabeth estava desaparecida desde que foi atingida pelo caminhão no atentado que matou mais de 80 pessoas em Nice, no sul da França, na quinta-feira (14). O país foi alvo de ao menos 10 atentados desde janeiro de 2015.

Brasileiros feridos
Pelo menos outros dois brasileiros foram atropelados. O cearense Anderson Happel, de 24 anos, atingido pelo parachoque do caminhão está fora de perigo. Ana Lourdes Montalverne, de 63 anos, que há 20 mora na França, teve traumatismo craniano e está em recuperação, segundo parentes.
Elizabeth estava com a família no balneário francês. Uma das filhas dela, Kayla Ribeiro, de 6 anos, que nasceu na Suíça, está entre os mortos.
A menina teve a vida interrompida enquanto a família se reunia para acompanhar a queima de fogos em comemoração do Feriado da Bastilha. Além da mãe, Kayla estava no local acompanhada do pai, Silyan, e das irmãs, Djulia e Kymea, que sobreviveram e estão fora de perigo.

Elizabeth nasceu em Olaria, na Zona Norte do Rio, e morava na Suíça há mais de 20 anos e teve as três filhas no país. Segundo o sobrinho, o cabeleireiro Diego Marinho, de 23 anos, ela foi levada por bombeiros durante a tragédia.

“Eles estavam na França, assistiram à Eurocopa. O marido da Elizabeth conseguiu falar com a gente hoje [sexta], disse que as outras duas filhas estão bem. Contou que só deu tempo de pegar elas duas e que viu a Kayla caindo para um lado e a minha tia [Elizabeth] para o outro. O caminhão teria passado por cima da Kayla e a Elizabeth foi levada pelos bombeiros para algum lugar que ninguém descobriu”, contou ao G1.

Diego disse que sua avó, que é mãe de Elizabeth e também mora na Suíça, tentou ir para Nice, mas os aeroportos estavam fechados. Ela decidiu ir no sábado (16), de carro.

“Desconfiamos que alguma coisa estava errada porque temos um grupo da família no Whatsapp e ela é sempre a primeira a falar. Hoje não aconteceu isso. A última visualização dela aconteceu meia hora antes do atentado. Ninguém consegue entrar em contato com ela desde ontem [quinta-feira]. Todos estamos desesperados, sem notícia”, concluiu.

Pânico durante os fogos
O atropelamento aconteceu no Promenade des Anglais (Passeio dos Ingleses), uma avenida beira-mar, por volta das 22h30 (17h30 em Brasília). De acordo com a BBC, o veículo teria percorrido 2 km entre a multidão. O presidente François Hollande anunciou que irá estender por mais três meses o estado de emergência no país, além de reforçar suas operações na Síria e no Iraque.

O jornal francês “Nice Matin” afirmou que um de seus repórteres estava no local acompanhando a celebração, e relatou que um grande grupo de pessoas começou a correr e o clima era de pânico, já que ninguém sabia se era um acidente ou se o motorista atingiu as pessoas deliberadamente.
O Ministério do Interior confirmou que o motorista foi morto. A agência AP, citando como fonte Christian Estrosi, diz que o caminhão estava cheio de armas e granadas.

O ataque
Um caminhão atropelou diversas pessoas que estavam assistindo à queima de fogos em comemoração ao 14 de Julho, Dia da Queda da Bastilha, em Nice, no sul do país, matando dezenas.
Segundo o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, havia 84 mortos. O gabinete da Procuradoria de Paris abriu uma investigação para apurar o ataque.

Fonte: G1

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