O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), em visita à cidade de Maceió nesta segunda-feira (18) defendeu que a Casa é a solução para a crise que envolve o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), que será julgada até o final de agosto. De acordo com Calheiros, apesar de toda turbulência midiática que envolveu o PMDB nos últimos meses, após romper aliança com o PT, o clima entre os senadores para julgar a pauta estaria “pacificado” e “tranquilo”.
Renan esteve presente na reunião de pré-candidatos realizado em um hotel em Cruz das Almas. Aproveitando o momento, ele frisou à imprensa que o Senado Federal vem trabalhando para solucionar a crise política e econômica enfrentada pelo país. “Nós estamos procurando colaborar para uma saída, como vocês sabem, esses desdobramentos todos acontecem no Senado Federal, porque por mandamento constitucional é o Senado que fará o julgamento da presidente”, disse.
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O senador é um forte defensor do sistema parlamentarista e, por isso, voltou a citar o sistema como solução para evitar novas instaurações de impeachments. Na visão de Renan, o parlamentarismo é um sistema de governo democrático que prevê mais agilidade que o presidencial.
“Eu sou um parlamentarista e está demonstrado que esse presidencialismo no Brasil é um presidencialismo gerador de crise, fomentador de muitas complexidades. Em um dado momento da história tivemos uma transição semelhante [quando o país aderiu à república em 15 de novembro de 1889], quem sabe com essa crise todos nós não poderíamos fazer uma nova transição para o parlamentarismo”, destaca Renan.
No entanto, a ideia ainda não é consenso no Senado Federal e divide opiniões.
Outro ponto destacado pelo senador é que Alagoas precisa resolver dois problemas econômicos fundamentais para facilitar a sua gestão em tempo de crise. Uma delas seria receber os ativos que são pagos pela Eletrobras e a outra seria agilizar a venda dos ativos tidos pelo banco do estado de Alagoas. Para Renan, somente com essas duas operações sanadas é que o Estado vai ter mais tranquilidade pois está sofrendo com as constantes quedas na arrecadação fiscal.
