Polêmica no TC: a quem interessa um Conselheiro não votar nas eleições do Tribunal de Contas?

Esta pergunta está sendo feita pela sociedade ao indagar o porquê da polêmica de querer alegar que é uma “manobra” do Conselheiro Anselmo Brito o fato do mesmo exigir uma posição da presidente do Tribunal, Conselheira Rosa Albuquerque que se posicione acerca da possibilidade da Conselheira Substituta Ana Rachel poder votar nas eleições do próximo sábado, que escolherá a cúpula diretiva daquele órgão.

O Tribunal de Contas vem passando por uma grande mudança em sua estrutura, tendo pela primeira vez eleição diretiva na sua composição Constitucional plenamente formada com dois técnicos, sendo o Conselheiro Anselmo Brito oriundo dos auditores e o Conselheiro Rodrigo Siqueira Cavalcante, advindo do Ministério Público de Contas.

Com o afastamento decorrente de decisão judicial do Conselheiro Cícero Amélio que já perdura mais de dois anos, este vem sendo substituído em caráter permanente pela Conselheira substituta Ana Rachel, concursada no cargo de auditora do TC. Ana Rachel, como Anselmo Brito e Rodrigo Siqueira advém, todos de cargos técnicos, diferentemente dos demais que vem de indicação política, possuindo a necessária e imprescindível independência para atuar na Corte de Contas.

Não sofrendo influência política direta em suas decisões e oriunda de concurso público, a quem interessa que a Conselheira Ana Rachel não possa votar e até ser votada na escolha da cúpula diretiva? Duas candidaturas disputam voto a voto a eleição: o ex-presidente Otávio Lessa, que perdeu forças com a derrota de seu irmão Ronaldo Lessa para a Câmara Federal e Rosa Albuquerque. Rosa conta com o apoio declarado dos dois Conselheiros técnicos Anselmo e Rodrigo, enquanto Otávio diz ter o apoio de Fernando Toledo e Maria Cleide, esta esposa do ex-prefeito Celso Luiz que foi preso sob a acusação de um desvio milionário na prefeitura de Canapi.