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Programa contra as drogas quer socorro e R$ 2 mi

O projeto Alagoas Cidadã, do Governo de Alagoas, para combater o avanço das drogas, em especial o crack, é quase um pedido, ao governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), de socorro. A idéia, formulada em parceria com lideranças comunitárias e apresentado amanhã pelo secretário adjunto do Trabalho e Renda, Urânio Ferro, pede R$ 2 milhões anuais para conter o avanço dos entorpecentes.
Pelos dados da secretaria, 80% dos homicídios em Maceió têm como um dos componentes as drogas. Estes dados estão acima até das médias da América Latina: 22 pessoas a cada 100 mil morrem, envolvidas com drogas. Em Alagoas, de 2003 a 2008, foram 111, a cada 100 mil.
Pelos números, há outra constatação: se as escolas públicas da periferia, área com o maior número de homicídios – e também de miséria, falta de policiamento e medidas mais eficazes de exercício da cidadania pelo e através do Poder Público- estivessem funcionando, os índices caem pela metade. Mas, é necessário dinheiro: R$ 17 mil, ao longo de dez meses, para cada escola. “No quadro atual, cinco deveriam funcionar, no mínimo”, lembra o secretário adjunto do Trabalho.
As áreas consideradas mais críticas- na associação governamental entre droga e violência- são o Benedito Bentes, Jacintinho e Vergel do Lago.
Pelos dados da Secretaria de Defesa Social, em Maceió, foram registrados 77 homicídios, no mês de setembro; 111 em junho. A meta do programa é reduzir, a cada mês, três mortes, tudo em uma escala até 2009. Para isso, além do dinheiro, são necessários agentes multiplicadores nas comunidades. O Governo tem 20 grupos de auto-ajuda, espalhados nestes bairros, com a proposta de ouvir a comunidade e atender necessidades básicas. Por exemplo: saneamento básico, mais escolas ou mais segurança.
Para os grupos de ato-ajuda, são recrutados jovens que viveram na carne a experiência das drogas. Hoje, são pessoas recuperadas, tentando recuperar outros tantos.
Ainda pela idéia governamental, 100 mães visitam as residências consideradas de maior risco social. Tudo para identificar focos da nova doença, o crack. “Pobreza e homicídio não são proporcionais. Mas, a droga junto dos dois é o problema”, explica Urânio Ferro.
Em Porto Alegre, o avanço do crack fez com que o Governo decretasse epidemia, através de Secretaria de Saúde. Os índices mortais quintuplicaram, nos últimos anos.

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