Jogadora de vôlei diz ter sido espancada por taxista

Reprodução/Facebook1

A jogadora de vôlei do Fluminense Luciana Severo se envolveu em uma briga de trânsito na última quinta-feira, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. De acordo com publicação feita por Luciana em seu Facebook, um taxista a agrediu após uma discussão no trânsito, na Rua Prudente de Moraes. Luciana teve o dedo e o nariz quebrados.

“Agredida em pleno dia, na Prudente de Moraes por um taxista. Quebrou meu nariz e dedo, não podendo assim, exercer minha função de trabalho”, escreveu.

Segundo Luciana, a discussão começou quando ela parou o veículo no sinal vermelho.

“Não aguento mais me perguntarem o que gerou isso pois eu nunca o vi, não o conhecia, não o insultei. Apenas parei meu carro em um sinal vermelho e esse cara estava atrás. Ao ficar verde, enquanto eu engrenava a marcha e descia o freio de mão, ele aos berros me insultava e berrava. Eu entrei na rua para ele poder passar e ele começou a me seguir. No outro sinal vermelho, ele parou o carro dele e veio em direção ao meu carro. Ao chegar na porta, abri e desci para ele ver que eu era uma mulher e recebi um soco no nariz que o quebrou e seguiu uma série de golpes!”, disse.

Taxista afirma que jogadora começou discussão

O taxista Williams Lopes informou que Luciana foi quem iniciou a confusão. De acordo com ele, a jogadora parou no sinal verde. O mesmo fechou e reabriu e ela não andava. Foi quando ele e outro taxista teriam começado a buzinar.

– Ela tava parada no sinal aberto. O sinal fechou e reabriu e ela ficou parada. Quando buzinei, ela deu marcha ré. Como eu fui para trás, ela não bateu em mim e seguiu. Ela disse que eu segui ela, mas eu estava indo para o Leblon, que era o mesmo caminho dela, pelo visto. Segui pela Rua Maria Quitéria. Ali, ela me fechou novamente e parou. Então, desci do carro para saber o que estava acontecendo. Quando cheguei e perguntei ‘o que tá acontecendo?’, ela desceu do carro. Foi quando vi que era uma mulher. Ela saiu do carro muito nervosa e explosiva e começou a me peitar e eu fiz o mesmo. Ela é maior que eu e estava de salto. Me chamou de nanico e afrodescendente e me deu um tapa na cara. Revidei – disse.

Questionado se a agressão não foi desproporcional, Williams disse que sim e que se arrependeu.

– Na hora em que fui falar com ela, não estava nervoso. Mas fiquei quando ela veio cheia de atitude e autoritária. Nós fomos para a delegacia e prestamos depoimento, além de fazer o exame de corpo de delito. Ela também me agrediu. Quando caímos no chão, ela me arranhou e chutou. E ainda pisou na minha canela com um salto de madeira. Sei que perdi a cabeça e não deveria ter agredido ela. Meu erro foi sair do carro para ver o que aconteceu e me exceder. Me arrependo da agressão e, se tivesse a oportunidade, pediria desculpas a ela. Mas gostaria que ela também me pedisse desculpas pelas coisas que disse e pelo que fez – declarou.

O taxista ainda falou que não esperava a repercussão nas redes sociais e que está assustado com os comentários na internet.

– Não acho que seja um caso para ser discutido em redes sociais. Isso é problema de polícia e Justiça. Estou recebendo ameaças na publicação que ela fez. Tem gente falando que eu vou ‘amanhecer com a boca cheia de formiga’ e coisas do tipo. Como vou trabalhar agora? Só quero minha paz – disse.

Ainda de acordo com Williams, ele estuda a possibilidade de processar a jogadora e advogada.

– Não ia fazer isso. Mas, diante da repercussão, tenho o direito de me defender. Não tenho condições de pagar advogado, mas vou procurar a Defensoria Pública – declarou.

O dono veículo, Antônio Dias, afirmou que só soube do caso na manhã deste sábado por Williams. Segundo Antônio, Williams trabalha como taxista em seu carro há sete anos e nunca se envolveu em brigas ou acidentes de trânsito.

– Eu soube pela internet e logo em seguida ele falou comigo. Disse que está recebendo ameaças nas redes sociais. Ele está comigo há sete anos. Sempre foi um rapaz tranquilo. Ele trabalhava em um lava-jato quando pediu uma oportunidade para mim. Nunca tive problemas com ele – contou.

Caso foi registrado na 14º DP

O caso foi registrado na delegacia do Leblon, mas o rapaz foi liberado após prestar esclarecimentos.

“Jogadora de vôlei com dedo e nariz quebrado e mesmo assim não é grave? Mulheres, não peguem esse taxista!”, alertou Luciana.

A publicação de Luciana foi compartilhada mais de 2.300 vezes. Procurada pelo EXTRA, Luciana Severo ainda não retornou nossas mensagens. De acordo com a Polícia Civil, Williams cometeu a primeira agressão.

“Conforme relato de testemunhas, após breve discussão, ambos desceram de seus carros, tendo o taxista começado a agredir a mulher. Apos atendimento no Hospital Miguel Couto, a vítima foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) para exame pericial de corpo de delito, no qual foi constatada a existência de lesões de natureza leve”, diz a nota.

Em 30 dias, Luciana Severo comparecerá novamente ao IML para verificar a extensão dos ferimentos.

“Diante da análise do laudo pericial e das demais informações colhidas, o taxista foi autuado por lesão corporal leve, cuja pena máxima prevista é de um ano. Esclarece-se que, conforme a lei, após 30 dias do fato, a vítima será novamente encaminhada ao IML para verificar a extensão das lesões sofridas, o que, conforme o resultado, poderá confirmar a natureza leve ou constatar uma maior gravidade delas”, disse a Polícia.

Fonte: Extra Online

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