‘Sargento foi morto porque era policial’, diz delegado sobre elucidação do crime

Três pessoas foram presas na última terça-feira (14) e uma quarta foi morta em confronto com a polícia.

Milton Rodrigues / Alagoas 24 HorasDelegado Edurdo Mero (ao Centro) foi quem presidiu o inquérito sobre o sargento

Delegado Edurdo Mero (ao Centro) foi quem presidiu o inquérito sobre o sargento

O inquérito que investiga a morte do sargento da Polícia Militar Cícero Valdemar, no dia 19 de outubro, aponta que o militar foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) após os criminosos terem identificado a profissão do mesmo.

A informação foi confirmada pela cúpula de Segurança Pública (SSP) na tarde desta quinta-feira (16), durante coletiva de imprensa, na sede da SSP, no Centro de Maceió. A investigação, presidida pelo delegado Eduardo Mero, terminou com a prisão de três pessoas, e um quarto, morto após troca de tiros com a polícia.

De acordo com o delegado, o sargento saiu de carro de Passo do Camaragibe para realizar compras e deixar a filha em Maceió, mas, no caminho de volta, parou nas proximidades de Messias, na BR-101, em uma borracharia. Neste momento ele foi abordado por três homens que o levaram de refém junto com o carro.

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“Ele foi morto porque descobriram que ele era policial. Ele lutou bastante e sofreu dois disparos de arma de fogo, sendo um na cabeça e outro no tronco”, diz o delegado.

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Um dos disparos, segundo a investigação, teria saído da pistola do próprio sargento, uma .40. O corpo do sargento apresentou ainda lesões por armas brancas. “Empreendemos diversas diligências e conseguimos localizar o celular do sargento, agora falta a arma”, conclui o delegado.

O aparelho, que se tornou crucial na captura dos envolvidos, foi encontrado pela polícia na última terça-feira 14 de novembro. O celular estava em posse de Edvaldo Amâncio da Silva, de 38 anos, preso dentro de casa, em Messias.

A partir da prisão de Edvaldo, a polícia conseguiu localizar os outros membros da quadrilha, todos também residentes em Messias: Cleberson Silva, o “Binho”, de 22 anos; Elissandro Rufino Medeiros, o “Brasa”, de 18 anos e Wellngton José da Silva, o “Leto”, de 35 anos. Este último, porém, teria resistido a abordagem policial vindo a trocar tiros com guarnição, ele foi baleado, socorrido e veio à óbito no Hospital Geral do Estado (HGE).

Com a prisão dos três envolvidos, a polícia conseguiu também levantar a informação de que a quadrilha tinha por costume agir na região e que os membros já possuem passagens pelos crimes de roubo e tráfico de drogas. “Como a vítima é policial militar, até o momento eles não quiseram dar mais detalhes ou mesmo assumir o crime, mas temos plena convicção do envolvimento de todos”, garante o delegado Fábio Costa, coordenador da Delegacia de Homicídios.

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