PMs têm prisão decretada por criticar Justiça após soltura de acusada

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Três policiais militares devem ser presos administrativamente por gravar um vídeo criticando a decisão da Justiça em soltar uma mulher acusada de alugar armas de fogo. O desabafo dos policiais, lotados no 1º BPM, aconteceu em agosto do ano passado, mas só agora o o Comandante da PM, coronel Marcos Sampaio, resolveu punir os militares.

No documento publicado na edição desta quinta-feira, 15, do Boletim Geral Ostensivo (BGO), o comandante classifica a a atitude dos policiais como transgressão disciplinar grave e determina oito dias de prisão tomando como base os artigos 31 e 32 do Regulamento Disciplinar da Polícia Militar de Alagoas.

No Regimento Disciplinar, são punidos os militares que desrespeitar corporação judiciária ou criticar, em público ou pela imprensa, seus atos e decisões ou aqueles que venham a promover escândalos e nele se envolver comprometendo o prestígio e a imagem da corporação.

Para o comando da PM, os policiais agiram de forma “inconveniente” ao censurar uma decisão do Poder Judiciário no que diz respeito a soltura de Maria Cicera Oliveira Lima Santos. “Resultando em desrespeito às medidas gerais de ordem judicial e seus atos, assim como, promover atos que se tornaram públicos que comprometeu o prestígio e a imagem da corporação”, diz o comandante em sua decisão.

Os três policiais devem cumprir a punição no 1º Batalhão de Polícia Militar, no bairro do Poço.

Entenda o caso

Cortesia PMarmas maria cicera

No dia 12 de agosto de 2017, os policiais estiveram na casa de  Maria Cicera Oliveira  para averiguar uma denúncia de que a residência da acusada funcionava uma boca de fumo, mas ao realizar buscas pelo imóvel, situado no conjunto Cleto Marques Luz, no Tabuleiro do Martins, a equipe policial encontrou oito revólveres  calibres 38 e 32 escondidos no forro do teto da casa.

Na ocasião, a polícia acusou a mulher de ‘tomar conta das armas’ e alugar para a prática de assaltos e homicídios. A acusada acabou detida. No dia seguinte, a Justiça alagoana resolveu soltar a acusada após a audiência de custódia. Revoltados com a determinação judicial, os militares, envolvidos na operação que culminou na prisão da acusada, gravou um vídeo fazendo um desabafo sobre o trabalho da PM e as decisões “equivocadas” do Poder Judiciário.

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