Envolvimento de árbitro alagoano em esquema de manipulação de resultado é descartado

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O Ministério Público Estadual da Paraíba (MPE/PB) descartou o envolvimento de árbitros alagoanos no esquema de manipulação de resultados no futebol paraibano. Os denunciados são acusados de “fabricar” resultados dos jogos a favor de clubes previamente determinados.

Dezessete pessoas foram acusadas de integrar uma organização criminosa que estava atuando no gerenciamento e manipulação de resultados e dirigentes de times, funcionários da Federação Paraibana de Futebol (FPF), da Comissão Estadual de Árbitros de Futebol e do Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF/PB) estão envolvidos.

O árbitro alagoano Francisco Carlos do Nascimento chegou a ter supostas conversas gravadas e divulgadas nos veículos de imprensa, mas foi inocentado, pois não foi incluído entre os denunciados pelo MPE/PB.

As investigações tiveram origem em um inquérito instaurado pela Delegacia de Defraudações de João Pessoa sobre supostos desvios de valores nas prestações de contas da FPF. De acordo com o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), do MPPB, o controle e a manipulação de jogos e resultados se dava há pelo menos dez anos por parte de dirigentes da FPF, de integrantes da Comissão de Árbitros, além da participação da presidência e da procuradoria do TJDF. Nesse período, várias denúncias foram arquivadas, sem que tivessem sido apuradas. O objetivo principal da organização era obter vantagens econômica, política e associativa.

O esquema

Os 17 denunciados pelo MPE/PB incorreram nos crimes de organização criminosa (orcrim), falsidade ideológica e crimes contra o futebol (Estatuto do Torcedor).

As investigações apontam que a orcrim se dividiu em núcleos (gestores/líderes; supervisores e logística), com atribuições distintas que, após praticar os crimes principais (a manipulação dos resultados das partidas de futebol), utilizavam-se de influência política e social, para praticar diversos outros delitos subsidiários, que eram imprescindíveis para o sucesso da empreitada criminosa, como a utilização de documentos falsos, a intimidação de testemunhas, a ocultação e destruição de provas, entre outros. Os resultados dessas ações geravam elevados desvios econômicos, prejuízos financeiros e prejuízos que também atingiam a esfera moral da sociedade, com o descrédito no futebol paraibano.

A manipulação dos resultados das partidas de futebol se dava através de fraudes nos sorteios dos árbitros escalados, direcionando os juízes que integravam a Orcrim para atuarem nas partidas cujos resultados interessavam ao grupo criminoso. As fraudes também ocorriam durante a arbitragem dos jogos para beneficiar algumas equipes.

Os denunciados

1. Amadeu Rodrigues da Silva Júnior
2. Breno Morais Almeida
3. Leonaldo dos Santos Silva
4. Marinaldo Roberto de Barros
5. José Renato Albuquerque Soares
6. Severino José de Lemos
7. Genildo Januário da Silva
8. Adeilson Carmo Sales de Souza
9. Antônio Carlos da Rocha
10. Antônio Umbelino de Santana
11. Eder Caxias Meneses
12. Francisco de Assis da Costa Santiago
13. João Bosco Sátiro da Nóbrega
14. José Maria de Lucena Netto
15. Tarcísio José de Souza
16. Josiel Ferreira da Silva
17. José Araújo da Penha

 

Confira a nota de esclarecimento de ‘Chicão’ sobre o caso:

O árbitro divulgou uma nota de esclarecimento em suas redes sociais

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