Fonoaudiólogos do HGE orientam sobre os cuidados necessários para uma boa deglutição

Ação é alusiva ao Dia de Atenção a Disfagia, pretende prevenir riscos a saúde pulmonar

Carla Cleto

Fonoaudióloga Ana Paula Cajaseiras ressalta cuidados para evitar a disfalgia

Engolir é algo tão comum que chega a ser imperceptível, mas, para algumas pessoas, é tão difícil que exige ajuda profissional. Esse profissional é o fonoaudiólogo, que através de algumas técnicas contribui com a adequada deglutição de alimentos, água e saliva, evitando, consequentemente, o risco de broncoaspiração e pneumonia. É nesse ponto que o Hospital Geral do Estado (HGE) atua na recuperação dos doentes, onde a maioria apresenta distúrbios neurológicos, mecânicos e/ou psicológicos; e na prevenção, motivo das palestras que serão realizadas nesta quarta-feira (20), Dia de Atenção a Disfagia.

A disfagia não é uma doença, mas sim um sintoma de algum mau funcionamento orofaríngeo ou esofágico. É nesse momento que acontece a tosse, um sinal de alerta de que algo não está bem. Isso não quer dizer que todos que tossem sofrem esse sintoma, mas, é um alerta em pessoas com os distúrbios mencionados. Foi com base nesta observação que a dona de casa Ana Paula Leite da Silva, de 23 anos, levou sua filha Ana Clara Correia da Silva, de 2 anos, a uma unidade de saúde, que encaminhou ao HGE.

“Na gravidez fui informada que minha filha tinha a Síndrome de Dandy Walker, uma má formação cerebral congênita, e o médico cravou a notícia de que eu não teria minha filha, pois após o nascimento não teria um dia de vida. Eu fiquei muito triste, mas decidi levar a gestação até o fim e viver o tempo que puder com ela. Em abril, ela completa três aninhos e sou muito feliz com essa escolha”, disse Ana Paula.

A família mora no distrito de Pé Leve Novo, em Campo Alegre. Antes da notícia, Ana Paula não conhecia a síndrome que acomete o cerebelo e os espaços repletos de líquido circunvizinhos a ele. Ela se caracteriza pela ausência completa ou parcial da região de trás do cérebro situada entre os dois hemisférios cerebelares, denominado verme cerebelar; alargamento do quarto ventrículo; e formação de cistos próximo da base interna do crânio.

No caso de Ana Clara, a síndrome já causou aumento da caixa craniana (situação já revertida). Agora continua prejudicando o desenvolvimento motor, levando a disfunções cerebelares (como instabilidade e falta de coordenação muscular), movimentos abruptos dos olhos e outras alterações, como nos nervos responsáveis pelos olhos, rosto e pescoço.

“A fonoaudiologia tem participado com uma abordagem indireta na deglutição da saliva de Ana Clara, pois hoje ela não consegue mais se alimentar pela boca, somente através de via alternativa de alimentação (gastronomia). E para evitar que ela se engasgue com a saliva, nós precisamos realizar exercícios que afastem o risco de broncoaspiração, que acontece quando a saliva cai nas vias respiratórias, o que aumentaria a probabilidade de desenvolver uma pneumonia”, explicou a fonoaudióloga Paula Nadaf.

Para marcar o Dia de Atenção à Disfagia, nesta quarta-feira o Serviço de Fonoaudiologia do HGE prepara um momento no auditório do hospital, às 13h30, chamado “Está difícil de engolir?”. Junto à equipe de nutricionistas, a fonoaudióloga Ana Paula Cajaseiras e a nutricionista Emília Wanderley indicarão orientações que promovem uma boa alimentação, uma vez que a prevenção é sempre a melhor opção para evitar o adoecimento.

Fonte: Ascom Sesau/AL

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