Agente alagoano da PF tem prisão decretada após ser acusado de matar filha de 2 meses

Juruá em Tempo

A pequena Maria Cecília e a mãe Micilene Souza

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre determinou a prisão preventiva do agente da Polícia Federal Dheymerssonn Cavalcante Gracino dos Santos, que mora em Maceió e é acusado de homicídio doloso qualificado pela morte da própria filha, de apenas dois meses de idade.

Em entrevista ao G1 do Acre, o delegado responsável pelo caso, Martin Hessel, informou que o policial alagoano continua solto e o mandado de prisão segue em aberto. “Até o momento não foi cumprido e ele também não se apresentou. Não fizemos diligência aqui no estado, porque sabemos que ele está em Maceió e também não sei dizer se houve diligência lá. Tacitamente, considerando que ele tinha conhecimento sobre o mandado, considero como foragido”, afirmou o delegado ao portal de notícias.

A pequena Maria Cecília, filha de Cavalcante, de 2 meses, morreu no dia 08 de março deste ano após tomar duas mamadeiras de leite artificial. O laudo apontou que a morte foi causada por broncoaspiração (insuficiência respiratória e obstrução das vias aéreas causadas pela quantidade de leite ingerido).

A mãe da criança, Micilene Souza, acusa o policial federal de premeditar a morte da criança junto com a mãe para não pagar a pensão alimentícia. A mãe do agente da PF, Maria Gorete, também foi indiciada por homicídio qualificado.

De acordo com informações do Ministério Público do Acre, o pedido de prisão preventiva foi inicialmente negado pelo Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri. Após a primeira decisão, o MP-AC recorreu e o TJ-AC acabou decretando a prisão preventiva no dia 09 de maio deste ano.

“Decide a Câmara, à unanimidade dar provimento parcial ao recurso, no sentido de decretar a prisão preventiva de Dheymersson Cavalcante Gracino dos Santos”, diz o processo.

O policial federal chegou a gravar um vídeo de 18 minutos contestando as acusações e se explicando sobre o caso. Para ele, não foram analisadas todas as provas.

“Sou policial assim como o delegado que investiga o caso e eu esperava que fosse realizado um trabalho sério e todas as provas fossem colocadas no inquérito. De perícia eu não entendo e não posso criticar o trabalho de perito, sou policial assim como Martin Hessel e de investigação eu entendo, e olhe que sou mais burrinho ainda. Até hoje eu não fui ouvido. Depois que minha filha morreu, eu entrei em uma depressão profunda, quase me suicidei e perdi 10 quilos. Não tive condições nenhuma de me pronunciar ou me defender”, falou.

Neste vídeo, Dheymersson Cavalcante apresenta prints de conversas com a mãe da criança, prontuário e receita médica. Ele alega que Micilene Souza dava leite artificial e não materno para criança.

Matéria relativa ao processo de número 0004898-88.2019.8.01.0001. 

 

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