PC revela identidade de acusados de matar PM em Porto de Pedras

Delegada detalhou a ação do bando desde o dia 16 de novembro até as prisões realizadas na madrugada de hoje.

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Durante coletiva concedida na manhã desta sexta-feira (13), a Polícia Civil revelou a identidade de cinco pessoas acusadas de participar diretamente do assassinato do policial militar Ivaldo Oliveira da Silva, executado a tiros na madrugada da segunda-feira, 9, no município de Porto de Pedras.

A delegada responsável pelo caso, Ana Luiza Nogueira, do Departamento de Investigação e Capturas da Polícia Civil (Deic), já havia confirmado ao Alagoas24horas, nas primeiras horas da manhã de hoje que cinco pessoas haviam sido detidas durante operação conjunta entre PC e integrantes do 3° BPM e que as prisões foram realizadas em Arapiraca.

Na coletiva, a delegada detalhou a ação do bando desde o dia 16 de novembro até as prisões realizadas na madrugada de hoje. Nogueira também confirmou que o PM só foi executado em represália à ‘fuga’ do sargento que conseguiu escapar dos criminosos quando eles tentaram invadir a casa onde o sargento se encontrava.

Modus Operandi
Na versão da Deic, o bando roubou um Gol branco no dia 16/11, na cidade de Campo Alegre. No domingo que antecedeu o assassinato o bando, composto por cerca de 11 pessoas, usou o veículo até a cidade de Taquarana, onde roubaram uma Amarok, de cor prata, depois, em Anadia, roubaram um Gol vermelho e em Atalaia roubaram uma Hilux prata. Após o roubo da Hilux, os criminosos abandonaram o Gol branco e passaram por Maceió, onde abasteceram os veículos, em seguida seguiram para Porto de Pedras.

Nogueira também confirmou que a intenção do grupo era de assaltar a agência do Bradesco no ‘modelo arranque’ – quando os criminosos levam o caixa eletrônico. Imagens gravadas através de uma câmera de segurança (veja vídeo abaixo) mostram a ação da quadrilha que usou um pé-de-cabra na tentativa de roubo. A Hilux, estacionada em frente à agência bancária sofreu uma avaria e foi abandona pelos ladrões.

Os criminosos teriam confessado que diante da frustração do roubo decidiram passar no Grupamento de Polícia Militar da cidade para roubar armas e coletes. O bando teria então, intimidado o soldado Ivaldo que terminou confessando que outro PM, o sargento Josuel Veríssimo, também integrava o efetivo local. Foi quando o bando decidiu, sem motivo aparente, ir até a casa onde se encontrava o sargento. Ao perceber a presença dos criminosos – que tentavam arrombar a porta – o sargento teria reagido. A ação, seguida da fuga do sargento teria irritado e motivado os assaltantes a executar, com 30 tiros, o soldado Ivaldo. Os tiros foram deflagrados por todos os integrantes que estavam na carroceria da Amarok.

Prisões

Após identificar os veículos usados pelos criminosos, a PC em parceria com a PM, deu início as investigações. Na madrugada da quarta-feira (11), três pessoas foram presas em Arapiraca: Reni Alves da Silva, de 20 anos, Ana Paula Ferreira da Silva, 20, e Daniele Caetano da Silva, 19.

Entre a noite de ontem e a madrugada desta sexta-feira (13), José Clebson da Silva, 27 e um menor de 17 anos, com as iniciais C.H.B. também foram detidos em Arapiraca.

Com os acusados a polícia recuperou praticamente todo o material levado do GPM, armas, coletes, fardamentos militares, faltando apenas duas pistolas que ainda não foram localizadas pela polícia.

A delegada também confirmou que os acusados têm participação em outros homicídios e em roubos. Pelo menos 11 pessoas no total tiveram participação direta na morte do PM. Três revólveres calibre 38 que pertenciam à quadrilha também foram apreendidos. Além dos detidos confessarem participação no crime, roupas usadas pelo bando no dia do crime e capturadas pelas imagens de câmeras de segurança também foram apreendidas pela polícia.

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